Insatisfação
Uma das maiores causas da insatisfação neste século é o tremendo apego às influências externas que provocam graves problemas às relações internas.
O problema é que as pessoas deste século tem tantos traumas e tantas imaginações que não sabem mais o que é pra se viver e o que é pra simplesmente apreciar.
Todo ser humano está fadado a insatisfação, pois é a mesma que o faz sempre buscar uma melhor forma de viver.
O problema está em achar que essa busca será saciada, desejando a todo momento, o prazer sentimental absoluto nas coisas externas. A externalização é apenas um gatilho, que aflora a nossa percepção aos sentimentos, em meio a uma compreensão de poder sentir-los.
A insatisfação é mobilizadora de mudanças e progresso, mas tantas vezes esquecemos de alimentar as nossas raízes na seiva consistente das relações, no enraizar de situações gratificantes e verdadeiras, ao invés da ânsia devastadora do buscar incessante de novos arranjos em nossas vidas
Insatisfação nao é você não estar fazendo aquilo que gostaria, mas fazer aquilo que outra pessoa deveria estar fazendo.
Insatisfação Estrutural: retornar a circunstâncias outrora agradáveis depois de ter experimentado uma forma de vida mais emocionante ou mais opulenta, e descobrir que não consegue mais suportá-las.
A insatisfação da raça humana é tão grande,
que ela despreza até a si mesma
na tentativa de se aproximar e tornar real
as fantasias que concebeu.
A falta de controle sobre os nossos desejos gera insatisfação, pois estamos sempre buscando mais prazer. E essa busca constante nos distancia cada vez mais do estado de felicidade.
Não são nossos defeitos que afastam as outras pessoas de nós mesmos, mas a insatisfação que elas tiveram em nos conhecer e perceber que não suprimos as suas necessidades.
Não é que eu esteja insatisfeita. É que a sua insatisfação em tentar me satisfazer faz com que pareça[...]
E é aí que começa a me satisfazer tal insatisfação. E como me satisfaz.
A gratidão é um dos caminhos para felicidade, não se pode ser feliz com ingratidão e insatisfação no coração.
Insatisfação
Se soubesse o quanto é belo ser pequeno, não tomaria refrigerante...
Como é difícil entender á mim, sem prejudicar eu mesmo...
A vontade de tirar, afastar, eliminar todo mal de uma só vez, é o que mais se faz presente.
A final, o que é o mal?
Enfim, qual é o motivo pra mim estar assim?
Até onde vão as conclusões e de onde vem os poemas?
A indagação é a insatisfação...a insatisfação é o problema!
O que fazer comigo, para que exista harmonia do forró sob lua cheia..
E esse pensamento que voa nas asas da insatisfação?
Tanta gente com fome, eu cuspindo o pão...
As lágrimas agora se fazem presente...
Porque estou aqui?
Onde estão as nuvens, o sol desapareceu, Hobbes enlouqueceu...
E eu? Não estou nada bem... nada bem!
Utopia Humana
Meio a insatisfação
Caminhos seguem
Continuamos a viver
Vontade não necessária
Olhamos para frente
Futuro algum se enxerga
O controle não está em nossas mãos
Não decidimos o rumo
Nos negamos a aceitar o inaceitável
E nunca nos convencemos
De que não há glória
Felicidade talvez utopia
Que alimenta a imaginação dos fracos
Que se iludem para não encararem
A realidade que se faz presente
Quão triste o destino humano
Em busca do inatingível
Crendo no inexistente
Até que o fim se faça
A esperança vaga
Consuma o restante do ser
INSATISFAÇÃO
Acontece a qualquer momento. Enquanto passo o pó de café, finalizo um relatório importante, ou durante a faxina de todo o santo dia. Entre uma música e outra no rádio, o silêncio abafa e escuto: fuja. Levanto as sobrancelhas e olho pros lados. Ufa. Ninguém ouviu. Esse desejo secreto, quase bandido, que faz da minha própria vida uma refém de mim mesmo.
O cotidiano é uma arma pressionada contra a minha cabeça. Despertando às 7h, horários marcados. Passa hora, passa dia, passa noite, continuo preso, sem ter aonde ir. Ando em círculos numa cela do tamanho do mundo. Tantas vias, mas tão complexas. E esse meu destino, distante, que nem sei se existe.
Por um instante eu fico feliz. Conquistei o que eu queria, beijei , escrevi, li, trabalhei, corri, comi, caguei. Mas e depois? A felicidade se esvai a cada meta alcançada. Depois só me resta sonhar e esperar de novo pela alegria da realização. No momento seguinte, acabou. A felicidade não dura, sequer, um momento.
Minha vontade de ir embora é a plenitude da satisfação, pois a rotina calculada me embrulha o estômago. “Bom dia, amor”. “Deixei a chave embaixo do tapete”. Mensagem por mensagem, deixo a mim mesmo embaixo do tapete. Deixo o eu que quer viajar. O eu sem hora pra voltar. O eu que não depende de nada nem ninguém para fazer o que quiser. É difícil ser fiel a uma rotina quando bem no fundo de mim sei que não pertenço a lugar nenhum.
Minhas roupas são escorregadias. A cadeira em que almoço, desconfortável. Até o sagrado quarto aonde descanso todas as noites é alugado. Nada é meu. Só o meu corpo me pertence, e ainda assim eu o maltrato. Às vezes deixo de comer, aperto a cinta, raspo meus pelos como se não reconhecesse minha pele. Vejo no espelho: ainda que eu fuja desta casa, continuaria preso num corpo limitado para as minhas expectativas.
Dia após dia, essa é a vida. Medrosa que é, ela se esconde atrás de máscaras, abaixo de camadas de ossos, carne, pele e roupas. Dia após dia, se camufla da morte por debaixo das músicas do rádio, barulho d’água monótona na pia e das vozes que abafam o silêncio. A vida é a insatisfação que grita no silêncio. Mas não a ouço direito pelo meu próprio medo de viver.
E assim eu me acostumei a morrer dia após dia.