Inquietude
Há em mim uma ávida inquietude de viver...
Viver cada dia, um dia depois do outro
todos os dias...
A agradável inquietude de quem está vivo
vivo dia após dia
a inquietude que me acalma e satisfaz
a cada dia em que estou vivo
Vivo satisfeit@ com a vida que vivo
inquieta e feliz
Apenas desfaço...
Na inquietude do meu peito
Deixo fluir o que há de melhor
Em noites sombrias
Pensamento acelerado
Vejo a face do que era
Dos escombros
As lembranças
De um passado
A saudade e a vontade
De ter outra vez
O que antes era.
Islene Souza Leite
O amor virá com a sua doce inquietude, Pleno de querência, despido das vergonhas, repleto de travessuras e infinito.
Inquietude
Meus versos tem estampa de inquietude
Misto de sentimento e treva, pecadores
Pensamentos... de tal poética, tão rude:
Sensações, martírios, tristes amargores
E na eterna busca de uma mansuetude
Me vi poetando os sonetos sonhadores
Com aquelas agridoces rimas que ilude
Nos dando enganos... versos traidores!
Espinhos, flores, sussurros, a vastidão
Cânticos solitários, fracos e cansados
Sobre os ombros a emotiva inspiração
Ah! inquietude, indiferente às cicatrizes
A teimar nos meus versos desafinados
Unhando a alma com sonatas infelizes
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/10/2023, 17’31” – Araguari, MG
ESTADO DE SATISFAÇÃO (soneto)
Deixo a inquietude do versar na medida
Em cata duma beleza e de um esplendor
E, assim, de inspiração liberta, pela vida
Vou. Cheio de matiz em uma variada cor
É tom de ventura, o sentimento na lida
Desabrochado tal qual uma poética flor
Daquele especioso verso que dá guarida:
O doce beijo, olhar trocado, terno amor
A poesia nunca deixa a gente esquecer
Faz querer mais, faz o coração sorrindo
É o cântico em que a alma se põe a dizer
E, trovando, escorre pelas mãos, que diz
Um contentamento sempre bem-vindo...
Animando, o poeta, ser o menos infeliz.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 junho, 2025, 18’23” – Araguari, MG
Á Virgem Santíssima
A teus pés, tal fé de incerteza,
O coração cheio de inquietude.
Posto o meu olhar de solicitude,
No teu doce alento de pureza...
Mais que piedade, é plenitude,
Que nem sei se há mais riqueza.
Tal o amor, tal luz, tal grandeza,
Que ao nosso clamor, servitude...
No rosário, desfio minha rudeza.
Mãe feita de perdão, pura beleza,
Cheia de graças, a reza primeira...
Da paz, divina piedosa dolorosa,
Silenciosa, fita-me assim chorosa...
Auxílio em nossa hora derradeira.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, setembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
BENDITA SEJA!
Uma agitada inquietude, um misterioso
sentimento, como um prazeroso paladar
um íntimo e perturbador próprio lugar
bem que faz bem, e distinguir não ouso
Uma voragem, de um estoiro poderoso
que nos torna sujeito, anexo ao olhar
ao pensamento, onde só se quer estar
cheio de ardor, de afago, júbilo e gozo
Uma contradição, sensação de loucura
aperto e agrado, e na emoção ventura
que faz alucinar no tempo, doce peleja
Qualquer que seja, é toda de alegria
aos poetas sustento, poética poesia
se assim for a paixão... Bendita seja!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10/08/2021, 14’18” – Araguari, MG
Meu ofício é minha vida.
Nunca vou parar de trabalhar porque me movimenta, me alimenta, me dá muito prazer.
Sou muito inquieta. Há muita coisa que quero fazer ainda.
Como é verdade que a bondade humana é a presença de Deus em nossas vidas!
A compreensão, o carinho, o perdão e o acolhimento podem ser um bálsamo para o coração inquieto e machucado.
Momentos, escolhas, decisões, consequências... Tudo é um emaranhado da mesma coisa e da mesma sensação. A inquietude que nos move pode ser a mesma que nos deixa estagnar..
Uma chama avivada pelo calor de nossas almas desconhece as insistências das inquietudes e as incertezas do tempo.
Encontrei no fundo dos teus olhos o brio que faltava em mim,
olhos azuis que eram só verdade, nunca meus
Carregas consigo a mais profunda leveza e inquietude,
de ser quem tu és,
e parece que nada ti assombras.
ah!
queria sim,
que estes olhos estivessem só por um segundo,
voltados para os meus.
Preserva como outrora
a culpa semelhante
mente
inquieta
corcoveia
bate dos ombros o pó
de tanto tempo mirando
horizontes distantes
sob o sol desnudo
foca nos pés os olhos
tortura a fonte
e retorna o engolir dos dos dias
atemporal.
20190213
A felicidade em um relacionamento depende da falta de paixão, pois a paixão possui uma entorpecente inquietude, que por sua vez é fatal para qualquer sentimento que remeta a paz de espírito.
Em um café ela estava, sentada por horas mexendo a xícara de café sem açúcar, ela mexia por longos minutos, olhava para o longe, ela estava longe, ninguém seria capaz de adivinhar o quão...
Ela? Aparentava ter seus 26 anos, cabelos escuros e longos, olhos cor de terra recém molhada, tinha uma beleza comum, não era desenhada, não era a perfeição julgada pelas revistas de moda... Ela era bela, bela pelo charme, pelo olhar longe, era bela pela inquietude, bela por todo o cenário que a usava ou era usado por ela, sim, ela era parte daquele café, cadeira e mesas de madeira velha, rustico e delicado, o ambiente era úmido, o cheiro forte de café fresco se espalhava, a janela pela qual ela olhava era a desculpa perfeita para uma possível admiração do fora sem ninguém perceber o quanto ela olhava para dentro, ali,sem açúcar mexendo aquela xícara de café.
Farol
Ao alcance dos olhos tenho a lagoa salobra que a todos deslumbra
Ao invés disso, meus olhos não saem do portão a espera de você chegar, te ver passar
E com olhar mentir que não me importo, não sinto, não choro
Então vejo a luz apontar na grade
Meu coração parece selvagem
A inquietude que invade logo amortece novamente no breu
Aquele farol que entrou, não era o seu.
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