Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

Amar Ă© o mesmo que exercitar-nos na simplicidade. O amor nĂŁo complica, porque seu Ășnico desejo Ă© resolver.

Porque eu sou feita pro amor. Da cabeça aos pés.

Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lå. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava. Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher, esse amor bobinho passa. Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher. Quem sabe mudando de casa, esse amor não se mudava de mim? Nada feito. Casa nova, cama nova, novas contas pra pagar. E o mesmo coração idiota. O mesmo amor de sempre. Coisa chata, não?

Mais tequila. Mais amor. Mais qualquer coisa. Mais Ă© melhor.

Do amor conheço os sintomas e os hematomas.

Mesmo no amor é puramente questão de fisiologia. Os moços querem ser fiéis e não são; os velhos querem ser infiéis e não podem.

O problema do casamento é que se acaba todas as noites depois de se fazer o amor, e é preciso tornar a reconstruí-lo todas as manhãs antes do café.

Gabriel GarcĂ­a MĂĄrquez
O Amor nos Tempos de CĂłlera

Conta-se que havia na China uma mulher
belĂ­ssima que enlouquecia de amor todos
os homens. Mas certa vez caiu nas
profundezas de um lago e assustou os peixes.

O amor nĂŁo acaba, ele continua em outros lugares.

Encontrar de novo o amor

Quando vocĂȘ gosta de alguĂ©m de verdade, por mais que vocĂȘ seja forte ou decida nĂŁo sofrer, nĂŁo importa o quĂŁo bem vocĂȘ esteja, o final de um relacionamento Ă© sempre muito difĂ­cil.
Às vezes nĂŁo Ă© sĂł a falta do carinho ou a saudade dos momentos felizes. É tambĂ©m um sentir falta de com quem se preocupar, a quem se dedicar... Como se faltasse uma prĂłpria razĂŁo para seguir... E nĂŁo adianta querer entregar-se Ă s primeiras pessoas que surgirem Ă  tua frente. Isso sĂł piorarĂĄ as coisas. FarĂĄ parecer que todos os outros relacionamentos serĂŁo vazios e superficiais, e isto nĂŁo Ă© verdade.
Ora, vivamos este momento, que isso também é saudåvel ao ser humano, mas também saiamos dele e olhemos o mundo.
Ah... Lancemos o olhar sobre as coisas belas que existem, por que o mundo estĂĄ repleto de beleza! Deixemos de lado este ar, essa tristeza, por que nĂŁo se vive com tristeza.
E todo ser humano precisa ter o dom ou aprender a se reerguer. Precisa aprender a amar, a ganhar, a viver, a perder, entristecer, reviver e encontrar de novo o amor.

Assim que o amor entrou no meio, o meio virou amor.

O amor e as represas sĂŁo iguais: se vocĂȘ deixa uma brecha por onde um fio de ĂĄgua possa se meter, aos poucos ele vai arrebentando as paredes, chega um momento em que ninguĂ©m consegue mais controlar a força da correnteza.

Quando, finalmente, estiver segura do amor dele, terĂĄ todo o vagar para, por sua vez, se apaixonar como ela bem o entender.

Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor da Humanidade Ă© uma mentira.
É. E Ă© por isso que na minha lira
De amores fĂșteis poucas vezes falo.

Augusto dos Anjos

Nota: Trecho de "Idealismo": Link

Gastei todas as minhas mentiras na paixĂŁo. Gastei todas as minhas verdades no amor. O que sobrou sou eu.

Quando pareço ausente, não creias:
hora a hora meu amor agarra-se aos teus braços,
hora a hora meu desejo revolve teus escombros,
e escorrem dos meus olhos mais promessas.

NĂŁo acredites nesse breve sono;
nĂŁo dĂȘs valor maior ao meu silĂȘncio;
e se leres recados numa folha branca,
não creias também: é preciso encostar
teus lĂĄbios nos meus lĂĄbios para ouvir.

Nem acredites se pensas que te falo:
palavras
sĂŁo meu jeito mais secreto de calar.

Lya Luft
Para nĂŁo dizer adeus. Rio de Janeiro: Record, 2010.

AULA DE AMOR

Mas, menina, vai com calma
Mais sedução nesse grasne:
Carnalmente eu amo a alma
E com alma eu amo a carne.

Faminto, me queria eu cheio
NĂŁo morra o cio com pudor
Amo virtude com traseiro
E no traseiro virtude pĂŽr.

Muita menina sentiu perigo
Desde que o deus no cisne entrou
Foi com gosto ela ao castigo:
O canto do cisne ele nĂŁo perdoou.

O amor Ă© sempre paciente e generoso. Nunca Ă© invejoso, nĂŁo Ă© rude nem egoĂ­sta. NĂŁo se ofende nem se ressente, mas se regozija com a verdade.

Paulo de Tarso

Nota: Adaptação de 1 Coríntios 13:4-7.

GitĂŁ

Às vezes vocĂȘ me pergunta
Por que Ă© que eu sou tĂŁo calado
NĂŁo falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao teu lado...

VocĂȘ pensa em mim toda hora
Me come, me cospe, me deixa
Talvez vocĂȘ nĂŁo entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar...

Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o mĂȘdo de amar...

Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou..
Eu sou o seu sacrifĂ­cio
A placa de contra-mĂŁo
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição...

Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada...

Por que vocĂȘ me pergunta?
Perguntas nĂŁo vĂŁo lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da ĂĄgua e do ar...

VocĂȘ me tem todo dia
Mas nĂŁo sabe se Ă© bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em vocĂȘ
Mas vocĂȘ nĂŁo estĂĄ em mim...

Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra "A" tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor...

Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo
Eu sou a mĂŁo do carrasco
Sou raso, largo, profundo...
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarĂŁo
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visĂŁo...

Euuuuuu!
Mas eu sou o amargo da lĂ­ngua
A mĂŁe, o pai e o avĂŽ
O filho que ainda nĂŁo veio
O inĂ­cio, o fim e o meio
O inĂ­cio, o fim e o meio
Euuuuu sou o inĂ­cio
O fim e o meio
Euuuuu sou o inĂ­cio
O fim e o meio...

Eu não amo ninguém, parece incrível
Não amo ninguém
E Ă© sĂł amor que eu respiro.