Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

Meu nome Ă© amor,
Meu sobrenome Ă© viver,
Minha vida Ă© sonhar
E meu sonho Ă© vocĂȘ.

O amor tem uma consciĂȘncia louca do futuro, de fazer passado com o futuro. A paixĂŁo vive fora do tempo. O amor vive no tempo porque deixa rastros. PaixĂŁo se esquece, e amor nem enterrando acaba.

O Mundo Ă© um Moinho

Ainda Ă© cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
JĂĄ anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irĂĄs tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estĂĄs resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serås mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tĂŁo mesquinho
Vai reduzir as ilusÔes a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarĂĄs sĂł o cinismo
Quando notares estĂĄs Ă  beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

Vivemos em plena cultura da aparĂȘncia: o contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais do que o corpo e a missa mais do que Deus.

É aquela velha história. Amor, pra mim, só dura em liberdade. Nasci pra ser livre e – quem quiser- que me deixe assim.

O amor é ajudado pela força. A doçura do perdão traz a esperança e a paz.

Charles Chaplin
Carlitos Guarda-noturno (1917)

Amor é isto: a dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação. De alguma forma, a gota de chuva aparecerå de novo, o vento permitirå que velejemos de novo, mar afora.
Morte e ressurreição. Na dialética do amor, a própria dialética do divino.
Quem nĂŁo pode suportar a dor da separação, nĂŁo estĂĄ preparado para o amor. Porque o amor Ă© algo que nĂŁo se tem nunca. É evento de graça.
Aparece quando quer, e sĂł nos resta ficar Ă  espera. E quando ele volta, a alegria volta com ele. E sentimos entĂŁo que valeu a pena suportar a dor da ausĂȘncia, pela alegria do reencontro.

Ninguém venha me dar vida,
que estou morrendo de amor,
que estou feliz de morrer,
que nĂŁo tenho mal nem dor,
que estou de sonho ferido,
que nĂŁo me quero curar,
que estou deixando de ser,
e nĂŁo quero me encontrar,
que estou dentro de um navio,
que sei que vai naufragar,

jĂĄ nĂŁo falo e ainda sorrio,
porque estĂĄ perto de mim
o dono verde do mar
que busquei desde o começo,
e estava apenas no fim.

CoraçÔes, por que chorais?
Preparai meu arremesso
para as algas e os corais.

Fim ditoso, hora feliz:
guardai meu amor sem preço,
que sĂł quis quem nĂŁo me quis.

O amor nĂŁo precisa ser perfeito. Pra mim, basta que seja verdadeiro.

Desconhecido

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuĂ­da a Bob Marley.

Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor vale amar...

O meu amor tem um jeito manso que Ă© sĂł seu,
que rouba os meus sentidos,
viola os meus ouvidos
com tantos segredos lindos e indecentes.
Depois brinca comigo,
ri do meu umbigo,
e me crava os dentes.
Eu sou sua menina, viu?
E ele Ă© o meu rapaz.
Meu corpo Ă© testemunha do bem que ele me faz.

Chico Buarque

Nota: Trecho da mĂșsica O meu amor.

O amor Ă© filho da pobreza e da riqueza: da pobreza, porque constantemente pede, e da riqueza porque constantemente se dĂĄ.

Vamos dizer adeus aos pensamentos tristes e que só restem as boas lembranças. Só reste amor no peito, pois no fim o que vale a pena é ser feliz.

Nada como um amor nĂŁo correspondido para tirar todo o sabor do sanduĂ­che de manteiga de amendoim.

O Ăłdio nĂŁo Ă© senĂŁo o prĂłprio amor que adoeceu gravemente.

André Luiz

Nota: Trecho do texto "Tudo Ă© amor".

Espalhe que o amor não é banal. E que, embora estejam distorcendo o sentido verdadeiro dele nos tempos modernos de hoje, ele existe e é o ingrediente mais importante da vida, a própria porção mågica da Felicidade.
Menino...desejo seus desejos como meus desejos...

Desconhecido

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuĂ­da a Mario Quintana.

A amizade
Ă© o mais belo afluente do amor,
ela ajuda a resolver,
com paciĂȘncia,
as complicadas equaçÔes
da convivĂȘncia humana.

A amizade
Ă© tĂŁo forte quanto o amor,
ela o educa,
sinalizando o caminho da coerĂȘncia,
apontando as veredas da justiça
controlando os excessos da paixĂŁo.

A amizade
Ă© um forte elo que une pessoas
na corrente do querer.

Amizade
Ă© cola divina,
cola demais,
pode doer.
A amizade
tem muito mais
juĂ­zo que o amor,
quando ele se esgota
e cisma de ir embora,
ela se propÔe a ficar
vigiando
o sentimento que sobrou.

Quando o amor Ă© grande demais torna-se inĂștil: jĂĄ nĂŁo Ă© mais aplicĂĄvel, e nem a pessoa amada tem a capacidade de receber tanto. Fico perplexa como uma criança ao notar que mesmo no amor tem-se que ter bom senso e medida. Ah, a vida dos sentimentos Ă© extremamente burguesa.

Clarice Lispector
CrĂŽnicas para jovens: de amor e amizade. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.

A cachorrinha

Mas que amor de cachorrinha!
Mas que amor de cachorrinha!

Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Crivada de mamiquinha?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Que esse amor de cachorrinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha?

Uau, uau, uau, uau!
Uau, uau, uau, uau!

Vinicius de Moraes
Álbum "Arca de Noé 2"

Minha maior tristeza Ă© que todo novo amor que eu arrumo vem sempre com algum velho amor tĂŁo longo e bonito. E eu sofro porque com pouco tempo nĂŁo consigo ser melhor que o muito tempo. E de sofrer assim e enlouquecer assim, nunca dou tempo de ser muito para esses amores porque estrago antes.