Incognita
A vida é uma incógnita, sem gabarito; cada passo é uma jornada a desvendar, rumo a um novo sentido onde sonhos e esperanças serão tecidos até o desfecho definitivo.
SONETO PRUM ADEUS
Tendo a cova por último ornamento
Na incógnita lápide minha pequenez
Lembrança na lembrança, um talvez
Sob a terra o mais vil esquecimento
No redobrar dos sinos, a total nudez
Dum defunto sem data de nascimento
Um ninguém, de solidão e sofrimento
Dos que à vida, na vida foi escassez
Deixei atos em versos de sentimento
Podem até ser os tais sem a polidez
Mas, foram vozes, e não só momento
No adeus, o adeus com total lucidez
Pois se meu fado foi sem argumento
Então, pós morte, perde-se a validez...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Tendo a cova por último ornamento
Na incógnita lápide minha pequenez
Lembrança na lembrança, um talvez
Sob a terra o mais vil esquecimento
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
INCÓGNITA
Porque digo, amor, e ainda o sente
A solidão, afagos de fogo, afogueado
Teu toque, um toque simplesmente
Que corre o corpo, e delira o pecado
Porque se sente e a sensação é tanta
Se nem do olhar a recordação é perto
A prosa querer o prosar que encanta
Se nem a poética sabe o fascínio certo
Eu só sei que nada sei, tudo é contido
A alma no eu, o eu num amor perdido
Que poeta aos meus ouvidos, desejos!
E eu só quero ternura, mais que pouca
Na loucura dos lábios, sentir a tua boca
E que em dócil cortejo, ter-te em beijos...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 setembro, 2021, 16’16” – Araguari, MG
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