Identidade
Quem é de Marte é de Marte mas quem é de Arte vive generosamente fazendo arte sem parar em todo o lugar.
A educação e a cultura em fusão são o forte cimento que alicerça a argamassa estrutural de nossas diferentes e diversas colunas de identidade para a sustentação da verdadeira liberdade, da soberania, da democracia e da unidade, diante da vasta nação brasileira continental.
O ser histórico do bem e do mal dificilmente morre pois com tempo parte de sua doutrina mesmo que adaptada ou distorcida reaparece por meio de seus seguidores, aproveitadores e admiradores.
Colecionar obras de arte de artistas brasileiros é bem mais que um mero investimento prazeroso. Em uma nação educada e civilizada sabe se que é preservar a historia, exaltar o belo, fortalecer a soberania artística e cultural, guardar a identidade nacional para as próximas gerações.
Deveria ser obrigatório em termos fiscais que toda empresa nacional e multinacional instalada no Brasil tivesse um amplo acervo artístico e cultural brasileiro e programas sócio-cultural educacionais assistenciais para fortalecimento de nossa identidade brasileira.
A grande diferença de quem abraça em verdade o trabalho nas esferas criativas, educacionais, artísticas e culturais é que independente do retorno financeiro, das regras do mercado e do engajamento em emprego, o trabalho não para. Não é possível estacionar nem por poucas horas a sensibilidade constante que movimenta em ação, hiper-atividade e sede de experimento o pensamento. De certa forma por isto que cada qual em sua direção, interesse e plataforma sem dizer diz que o trabalho passa a ser o principal regente do trabalhador.
Toda posterior criação muito feliz nas artes plasticas e visuais via de regra demanda de todo um trabalho de observação, sintonia e elaboração mental antes mesmo da escolha criteriosa da plataforma, suporte, materiais a serem acrescentados como aliados ou dificultosos da execução. As mais felizes obras de arte são imaginadas, executadas e solucionadas em primeiro plano na mente do artista. Existe sim espontaneidade mas diante do possível criativo.
Sem investimentos na educação, na arte e na cultura, mata se a verdadeira liberdade e a soberania das escolhas, ficando bem mais fácil a dominação por qualquer um para qualquer direção, sem incomodas resistências.
A arte e a cultura mais que só avança perante ao novo. Ela em si por tempos retrocede ao velho, resinificando o que já existe e foi feito por futurismo no passado, mas que começa a fazer mais sentido perante o hoje, diante da contemporaneidade.
A arte, a cultura e o patrimônio no Brasil ainda é um vasto oceano bravio por causa de teóricos vaidosos chancelados navegantes distantes da realidade.
Infelizmente devido ao negligenciamento e sucateamento das politicas publicas brasileiras dos últimos governos pode se afirmar que hoje o estado cultural agoniza, o patrimônio artístico desfalece pois sem educação não há arte e cultura, no máximo uma perversa maquiagem pela industria mercadológica menor do entretenimento que favorece escolhidos.
Não existe prova maior de ignorância e idiotice quando um punhado de analfabetos arrogantes equivocadamente abandonam e apagam uma secular tradição por uma frágil situação.
Estamos vivendo o excesso da materialidade distorcida.
O que vale é o corpo.
Somos o corpo, e os valores do corpo imperam soberanos.
Portanto, o estado do nosso corpo dá a qualidade da nossa identidade.
O silêncio é a resposta das nossas incertezas, quando nos deparamos com o caminho incerto; nele encontramos nossa verdadeira identidade.
O amor é um atributo e quase não percebemos. Ele vive dentro de nós quietinho. Não o sentimos porque o amor não faz sofrer, não desconfia, não deixa dúvidas. O amor verdadeiro é sutil, ao ponto de não revelar a sua verdadeira identidade. Por ele ser assim, não conseguimos a maioria das vezes encontrá-lo.
Todo artista regional das diversas plataformas das artes em busca de novas oportunidades migra para o eixo RJ-SP afim de buscar também uma maior visibilidade. Mas quase a maioria deles sem perceberem em pouco tempo englobam se a metropolização, tornam se marginal e perdem por vez sua tua tão valorosa e preciosa, original identidade.
Todo poder politico democrático é emanado por um povo livre, assim como todo apostolado de civismo, soberania, identidade e patriotismo, também o é, desde que toda a sociedade civil unida por verdade, torne se participe.
