Ideias
Sendo um homem comum,
Discordo normalmente de algumas ideias.
Reflito diariamente sobre Deus, sobre a existência ou não desse ser.
Vivendo em uma rotina cotidiana, vivo minha vida sem destaque ou marca.
Viajando pelo mundo, visito os mesmos lugares que todos vão.
Como sou uma boa pessoa, brigo pelos mesmos políticos que todos.
Sempre sendo pouco romântico, me apaixono pelas mesmas garotas que todos.
Para manter minha sanidade, me iludo com cada uma delas.
Contendo meus pensamentos líricos, não chego a conclusão alguma;
não me destaco. Este texto,
como uma dissertação rebuscada e complexa,
permanece como no começo: invisível perante a multidão.
Finalizo com um simples "tchau".
Querido...
Nós fomos algo.
Nossas ideias não habitarão o mesmo espaço, nosso corpo e o ressentimento um do outro não irão se encontrar mais pelos corredores e o silêncio será um pouco maior do que era.
É o universo finalizando nossa trajetória de vez. Minhas mãos vão se esquecer do formato das tuas mãos e meus olhos irão esquecer e se acostumar com a impossibilidade de te enxergar perto de mim.
Te deixarei de lado, em qualquer lugar em que eu não volte para te encontrar outra vez. Não vamos ter mais atritos com nossas divergências, elas ser quer vão coexistir e pela falta de atenção que daremos a elas, todas irão desaparecer com o tempo.
É o nosso corpo finalizando o que fomos.
Não vou contar de você aqui não vou dizer que eu gostei muito de ter te conhecido e que faria tudo outra vez. Não vou contar que o lugar em que meu amor mora aqui dentro é mais bonito depois de você... Não meu bem. Não vou falar sobre nós.
Porque falar sobre nós é tentar resgatar algo que se perdeu no oceano é tentar explicar Deus para um cético, é ver primavera se tornar outono. Como que por respeito aos finais definitivos, você não me trará mais amores, eu não te entregarei mais textos feitos a mão como essa aqui.
O aprendizado é uma jornada contínua. Estar aberto a novas ideias e perspectivas expande a nossa compreensão do mundo.
João Moura Júnior, em sua obra Maiêutica, a arte de fazer nascer as ideias, reforça que a linguagem questionadora é o oposto do discurso vazio. Segundo o autor, “a boa pergunta é aquela que inquieta e obriga o espírito a se mover para além da zona de conforto conceitual” (MOURA JÚNIOR, 2023, p. 45).
Silêncio
O silêncio é revelador,
Trás ideias, sonhos, reflexões.
Ao mesmo tempo pode apagar uma vida,
Se viver dentro dele.
Ele te desmascara, te fere.
Te distancia e ao mesmo tempo,
Te deixa mais próximo de si.
O silêncio trás meus desejos,
E muitas vezes não quero enxergá-los.
28/02/2025
O tolo persegue riquezas com os pés apressados; o sábio planta ideias e colhe reinos no tempo certo.
Desde os primórdios da humanidade, grupos se organizam em torno de ideias, líderes e inimigos comuns.
Falam os políticos a quem os investe,
traduzem cenários em grandes verdades,
exibem ideias, atritos, veleidades,
num circo amistoso, infame e agreste.
Os que nos governam apresentam contas,
os que nos prometem são ilusionistas,
mais as outras feras que são trapezistas,
aos olhos dos bobos e das almas tontas.
Pode ser que um dia se dê no trabalho
a mesma vontade que ostenta o discurso...
Vou entrar em cena com a figura de urso,
sou filho do povo, sou mais um bandalho.
Porém, no elã dos meus olhos concretos,
no simples parecer da visão que me resta,
penso que a política é pra gente honesta,
que sirva de exemplo aos filhos e aos netos.
O CANTO DAS RUÍNAS
Caminho entre escombros,
não de pedras, mas de ideias
que o tempo julgou inúteis,
mas que em mim ainda acendem velas.
Ouço o eco do silêncio
das vozes que não quiseram calar,
perseguidas, vencidas, vencendo
na memória de quem ousa pensar.
Vejo no cinza dos muros
as cores que negaram pintar.
Tantos tentaram impor moldes,
mas o pensamento há de escapar.
Não há grilhão que contenha
a febre de um verso solto.
A mente livre é tempestade
que não se embala no mesmo porto.
Se tudo o que nos resta é o caos,
se viver é administrar abismos,
que ao menos o verbo seja nosso,
mesmo entre os ruídos dos cinismos.
Pois há beleza em ser falho,
em não saber, em não caber.
A arte não é conforto:
é um espinho doce de se ter.
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