Humanidade
"O amor, uma dualidade complexa, capaz de erguer-nos às alturas da felicidade mais pura, ou afundar-nos nas profundezas da dor mais lancinante, mas, ainda assim, é na sua complexidade que encontramos a verdadeira essência da nossa humanidade."
Sobre o amor
O amor, conceito intangível e profundamente humano, transcende a simples existência para se tornar uma jornada de aprendizado e crescimento ao longo da vida. Desde o momento em que nascemos, somos envolvidos por uma rede de relações e experiências que moldam nossa compreensão e expressão do amor.
Inicialmente, o amor é uma semente plantada pela interação com os cuidadores primários, sejam eles pais, familiares ou figuras de referência. É por meio do cuidado, do afeto e da conexão emocional que começamos a compreender o que significa amar e ser amado. Essa fase inicial é crucial, pois estabelece as bases para nossos futuros relacionamentos e interações interpessoais.
No entanto, o amor vai além do simples entendimento emocional. É um processo contínuo de aprendizado e desenvolvimento que envolve a mente, o corpo e a alma. À medida que crescemos, somos expostos a uma variedade de experiências que ampliam e aprofundam nossa compreensão do amor. Podemos aprender sobre o amor por meio da amizade, do companheirismo, do altruísmo e até mesmo das adversidades.
O desenvolvimento do amor requer um equilíbrio delicado entre a razão e a emoção. Enquanto a emoção nos conecta de forma visceral aos outros, a razão nos permite compreender e cultivar relacionamentos saudáveis e significativos. É esse equilíbrio que nos capacita a praticar a tolerância, a paciência e o compartilhamento - aspectos essenciais do amor verdadeiro e duradouro.
À medida que nos tornamos mais conscientes de nós mesmos e dos outros, percebemos que o amor não é apenas um sentimento, mas sim uma escolha e uma ação. É por meio de nossas ações - pequenas e grandes - que demonstramos nosso amor e construímos conexões significativas com aqueles ao nosso redor. Essas ações podem assumir diversas formas, desde um simples gesto de gentileza até um sacrifício altruísta.
No final das contas, o amor nos leva a transcender as barreiras que nos separam e nos unir em uma teia de conexões humanas. É por meio do amor que nos tornamos mais compassivos, empáticos e solidários. Quando exercitamos o amor em nossas vidas, não apenas nos tornamos mais plenos como indivíduos, mas também contribuímos para a construção de um mundo mais humano e acolhedor. Em última análise, é na prática do amor que encontramos a verdadeira essência de nossa humanidade.
Como entender que uma autoridade seja mantida no poder, mesmo quando se tem incontestáveis provas de que está agindo fora da lei, causando danos incalculáveis a uma nação inteira e à humanidade?
REFLEXÕES SOBRE AS GUERRAS
Guerras: devem-se fazer? Valem a pena?
A guerra banaliza o valor da vida humana e supervaloriza os interesses escusos de poderosos e nações dominadoras.
Quanto vale a vida de um soldado? Morto, quanto vale? Morto, quem poderá devolvê-lo à sua família, à sua nação, e à humanidade?
Que dizer das centenas e até milhares de soldados que morrem diariamente nos combates das inúmeras guerras ao redor do mundo? Se a vida humana vale mais do que qualquer outra coisa, como se costuma dizer, existe alguma coisa ou causa que justifique sujeitar à morte tantas vidas preciosas?
Defender-se de invasores que não queiram retroceder de seu mau intento, creio eu, é o único motivo que justifica a uma nação expor seus cidadãos ao sacrifício, pois ou se morre lutando para defender a independência e liberdade de um país e seu povo, ou se rende à escravidão dos maus e dominadores.
Considerando-se as mortes, as destruições de casa e cidades inteiras, as elevadas perdas de equipamentos militares... com perdas na casa muitos bilhões e até trilhões, vale realmente a pena as guerras? O preço pago é alto demais para tão pouco que se venha conseguir!
O que se poderia fazer em favor da humanidade, se usássemos para o bem, as tão elevadas somas de recursos financeiros usadas nas guerras?
"As máscaras ocultam o rosto, mas não a alma. No jogo da vida, como no baile, o que importa é o que escolhemos mostrar – e como escolhemos agir."
Voltei menos humano quando estive entre humanos.
A maçã, como o próprio ser humano, não depende dos seus semelhantes para receber da terra tudo o que precisa para viver.
Apontadas nas visões de querubins, seres viventes, arcanjos; onde possuíam rostos, pés, mãos, olhos e cabeças miram para a origem. É uma mensagem simbólica mas também é uma assinatura, de quem criou o homem também criou os seres celestiais.
Não é que eles sejam semelhantes ao homem, nem o homem à eles, ambos são imagens e semelhança do criador refletidas em dois mundos, um espiritual e outro físico.
Membros são sinônimo de capacidade e vontade, se não o fossem, a igreja não seria corpo de Cristo.
A alma da luz é a fonte do amor: a matéria, nesse olhar, nada mais, nada menos que todo o amor vivo que nos compõe, integra, a tudo.
Considerando que somos todos iguais porque somos todos diferentes, perfeito é o amor divino, que nos liga a todos.
Pode gritar ninguém vai te ouvir, o celular está ligado e os fones de ouvidos estão tapando os ouvidos da humanidade, que há muito tempo já não funcionava bem.
Êxodo Faunal
Os vagalumes se apagaram de tanto iluminar o nada.
Deixaram no ar uma saudade de lampejo,
como se a noite agora fosse menos noite.
Antes, ao escurecer, acendiam luminares.
As abelhas,
desistiram de suas casas de mel,
escravizadas em nome do capital e do progresso.
Talvez tenham cansado de voar entre o barulho,
as flores e suas celas de cimento.
As borboletas,
flores flutuantes,
que nunca gostaram de despedidas,
foram embora sem alarde.
Levaram consigo a leveza do mundo,
deixando só o peso e a cor opaca da nossa pressa.
A gente, bicho grande,
ficou sem esses pequenos.
E agora, o que fazemos?
Apenas aprendemos o inútil.
A cidade cresce,
mas encolhemos por dentro -
sem o zunido, sem o lampejo, sem o voo.
Santos
Quem ama a Deus não é santo.
Não há dificuldade em amar o que é perfeito.
O amor é sacro.
Por essa razão, vive de impossibilidades.
Sua manifestação é, em si, o milagre.
Se o amor é o milagre,
amar aqui é o ensaio da eternidade.
Que sejamos santos,
não por amarmos a perfeição,
mas por aprendermos a amar a humanidade.
Amar é se despir de si,
é vestir-se do outro,
é encontrar, nas imperfeições,
a oportunidade de criar asas.
Santos são aqueles que amam intensamente.
Que sejam canonizadas as pessoas que amam pessoas!
Que os atos sejam as palavras que nos faltaram.
Amar ao próximo
é a forma mais corajosa
de antecipar a utopia da eternidade.
