Humanidade
A pessoa quando cai vê o mundo de outro ângulo, reconhece quem está disposto a dar a mão, dar uma palavra amiga ou só sentar um pouco ao seu lado e fazer companhia, só não vê os que somem!
...tenho agora vivido dias sem café, sem cigarro, sem cerveja agora se juntaram aos meus outros dias em que estava sem ver a família de perto, sem abraços amigos, sem uma caminhadas pelas ruas da cidade, uma feirinha com cheiro de pastel frito...
Tem sido assim os últimos 337 dias pandêmicos de isolamento social que iniciei em 16 de março de 2020.
Mas eu tenho lembranças guardadas pela casa e tenho passeado com elas pela imaginação.
Os meus objetos remanescentes estão me ajudando a superar os dias. Cada um deles remetem-me à consciência como foram abordados em suas origens.
Fico mais tranquilo ainda por ter em cada lembrança a consciência tranquila em ter feito o meu melhor pelos outros e recebo esse carinho de volta com mensagens diárias.
Acordo diariamente, preparo o meu lanche e refeições, cuido da casa e faço contatos, escrevo, leio, escrevo, reflito, revejo fotografias, faço postagens em redes sociais, interajo com amigos por meio de ligações com imagem e som, participo de festas virtuais, sarais de poesia e música, enfim, descobri uma forma de movimentar a mente, igualmente...
E sigo sereno, apreensivo com a situação do vírus lá fora, sempre alerta com os meus amigos e familiares que precisam de algum reforço em seus orçamentos familiares, olhando para os lados para ver se alguém precisa de um remédio ou alimento.
Tenho me surpreendido como os bons ficaram mais sensíveis ao seu semelhante e como os maus estão cada vez mais ásperos e insensíveis. Não consigo ver se é uma força do tempo, que evidencia em maiores proporções o campo de visão ou se isso realmente é um excesso.
Às vezes, me assusta também as sorridentes fotografias de pessoas comuns em espaços públicos diante do caos público que assola o planeta. Que tipo de mensagem essas pessoas pensam que estão emanando? E os banquetes mostrados em redes sociais enquanto pessoas passam extrema necessidade....?
Essas mesmas pessoas, algumas vezes, criticam a falta de compaixão do Governo, quando elas poderiam ser mais empáticas, evitando a ostentação. E não é porque eu ajudo "silenciosamente" que eu tenho uma autorização moral para atos fúteis diante do caos mundial que se instalou, principalmente no meio dos mais carentes e necessitados.
Além da situação econômico financeira das pessoas, há pessoas em profunda depressão e outras agonizam em suas casas e hospitais por conta deste terrível vírus que invadiu o ar do nosso planeta.
Hoje cedo li: "Como alguns podem ficar alegres se outros estão tristes?" referindo-se ao termo africano "ubuntu". Isso é um termo cultural com significado fantástico para a humanidade. É possível até arriscar que para chegar ao "ubuntu" devemos utilizar a empatia como ingrediente, não esquecendo de acrescentar a fraternidade, a caridade, o amor, a resiliência, o perdão e tantos outros atributos que possam nos permitir criar pontes entre os seres humanos.
Estes meus dias de sequelas por infecção de covid que me deixaram sem paladar para degustar um cafezinho matinal se tornam tão fúteis diante de tantas outras prioridades necessárias ao meu redor, sendo que a maior delas é o pulsar da vida e do contato humano.
Ubuntu para você e ubuntu para toda a humanidade....
"Vemos o defeito do próximo e nos achamos melhores, vemos nossos próprios defeitos e podemos nos tornar melhores."
Chegamos a um estágio de evolução enorme no sentido científico e tecnológicos, mas esquecemos do moral e do amor. Valorizamos muito mais o dinheiro e o ter, que a vida e o ser. Será o fim da humanidade? Ou um novo começar?
O idealista deseja que todos vivam em um mundo melhor. O ideológico deseja a sua visão de mundo para todos, supondo-se possuidor da verdade incontestável.
A Cultura nasce do engenho, criatividade, tradição e resiliência, aspectos tão necessários para existirmos com tranquilidade crítica ou com um desassossego confortável nas inquietações da humanidade.
Quando te esvaziares de tudo o que te é indiferença saberás.
Quando te valerem os que são diferentes de ti. Terás visto.
Nossa sociedade esta cega, sociedade da desinformação e da dominação oculta, da mais elevada e bem elaborada forma de alienação da humanidade.
Quando alguém nos faz uma coisa boa, nos incentiva a que também façamos uma coisa boa para outra pessoa.
O mundo está cheio de pessoas interessantes
Chegando de um lugar
Já se preparando para ir a outro
Sem muito apego
Pois a competência e o afeto
São fatores que fascinam
E tudo que fascina
Logo tem data
Logo acaba
A doçura
Vai esfarelando perante os olhares
E quando já haver conformismo
Verás então que como uma droga
Precisa de cada vez mais
Para se ter surpresas
Tais surpresas
Vêm de segundas intenções
De ambiciosos
Que não conhecem tanto
Eu não conheço tanto
Você também não
Nada lhe pertence
Como deveria
Nada lhe entrega
O tão estimado dos poetas
Eu tenho uma teoria muito "louca" de que o nosso planeta (assim como o nosso sistema solar e todo universo) é autossuficiente e autossustentável. Somos incapazes de destruir ou mesmo alterar (de forma definitiva) qualquer processo de todo esse sistema em perfeita harmonia da criação Divina, por mais que interfiramos. Isso não significa que estamos livres de fazer a nossa parte em todo o cuidado de preservação ambiental que aprendemos até aqui, pois a nossa interferência negativa pode sim "desequilibrar momentaneamente" o ecossistema, ocorrendo consequências como reação da nossa ação; uma vez que a forma de o ambiente responder e se reequilibrar é através das catástrofes naturais que conhecemos bem. Ou seja, a concepção que temos de que "estamos destruindo o nosso planeta" é equivocada! Não é a Terra que está sujeita a nós. Nós é que estamos sujeitos a ela.
O ser humano só pode de fato destruir aquilo que ele é capaz de criar e controlar.
O homem é o ser trágico final, porque ele aprendeu o suficiente sobre o mundo para perceber que o mundo estaria melhor sem a presença da humanidade.
Época infantil, sei tão pouco sobre tudo, hoje. Que as vezes me parece que tenho que reaprender tudo de novo.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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