Homenagem a uma Pessoa que Morreu
Tarde demais meu bem! A fila andou... O mundo deu voltas, a solidão passou, a tristeza partiu. O meu amor não morreu por ti, mas, o joguei ao vento, e o vento o levou. Não adianta chorar, nem lamentar; tudo acabou.
Dia vem, noite vai... está acontecendo, estou morrendo, nesse vaivém. Quando sai, não durmo mais. Fico esperando... Coração me sufocando. Esse amor não é normal. Vive de dor. Nosso caso já está no jornal... Morreu de fato.
A maior ironia da vida humana não seria achar que morreu, mas saber na verdade que nunca esteve vivo!
Quando a mente do poeta começa a desabar em pensamentos duvidosos...
Perdem os versos.
Morreu esse poeta.
O dia em que o ego morreu
Há muito tempo, lá nos primórdios da humanidade já aventava-se de que somos unos, pertencemos a um corpo cósmico. A evolução tecnológica explode literalmente, a interação é algo nunca visto, pode-se conectar simultaneamente e se saber de tudo instantaneamente, enquanto, nossa residência é vigiada pela inteligência artificial da robótica o nosso vizinho constrói sua casa em alguns dias por uma impressora de Três Dimensões. A arcaica Guerra nas Estrelas de Tio Sam também já morreu, As Coreias e outros países já são beligerantes nucleares. O Ensino à Distância deixa os antigos Ph. Ds muito irritados, e com certa razão, pois, nos seus dias tinham de estudar radicalmente, porém, os tempos são outros, hoje basta ser um usuário razoável para ter um mestre em qualquer momento a lhe dar suas respostas, enquanto, o ensino convencional e presencial anda vagarosamente se achando eficiente. Muitos jovens que nasceram pilotando os seus celulares tornaram-se gênios abandonando seus ensinos convencionais, pois, se aperceberam que dormiam ao lado do maior e melhor professor jamais visto em outras eras e já chegaram sem a vaidade dos velhos e arrogantes mestres, nem todos é claro, mas é bom pensar sobre isso. Porque estão preparando-se para matar o ego, pois, fará parte duma mente universal, através de nanos chips conectados entre si. Mente essa muito confundida com Deus.
É assustador pensar sobre isso, mas pior do que está não será, talvez por isso os futuros velhos, hoje joguem tanto os jogos virtuais, pois, se nos parece que não terão outra coisa a fazer, a não ser se entreterem o tempo todo.
E assim, pelo espírito de equipe, o ego foi desanimando-se, ficando doentio até que morreu.
Mente única não tem motivos para a vanglória pessoal.
Que bom seria o honorável prazer de se sentir igual ao próximo.
Alguém muito importante já disse: Amai ao próximo como a si mesmo!
Pense sobre isso e tenha um Feliz Ano Novo.
jbcampos
ABC TERCETOS POÉTICOS CRIAÇÃO DE ESTILO
NORMA APARECIDA SILVEIRA DE MORAES
MORREU COM OS BOLSOS CHEIOS DE BALAS
AMANHECI COM SAUDADE
BELAS RECORDAÇÕES, MOMENTOS DE MOCIDADE
CHEGANDO O NATAL, UM DIA DE “INFELICIDADE”
DENTRO DA BAÚ DA RECORDAÇÃO
EM QU MEU AVÔ MARCOLINO, EMOÇÃO
FAZIA ANIVERSÁRIO, SEMPRE COMOÇÃO
GOSTAVA DE A FAMÍLIA TODA AJUNTAR
HAVIA FESTA PARA COMEMORAR
IMPORTANTE SEU ANIVERSÁRIO E NATAL, LEMBRAR
JAMAIS POSSO ESQUECER DE NATAIS PASSADOS
LOTAVA A FAZENDA, TANTO AMAR, LEMBRADOS
MAIS O QUE MAIS MARCARAM, SER RECORDADOS
NAQUELES DIAS DE ALEGRIA E DESCONTRAÇÃO
O SEU BOLSO CHEIOS DE BALAS, EMOÇÃO
PARA DAR PARA A CRIANÇADA, NETOS, COM RAZÃO
QUERIA TODOS JUNTOS NO NATAL, PASSAR
RIA DE CONTENTAMENTO, SEU ANIVERSÁRIO, COMEMORAR
SENTIA O AMOR AINDA MAIS EMOCIONAR
TANTO QUE MORREU DE ENFARTE, ALEGREMENTE
UM DIA DE SOL, ESPECIALMENTE
VOVÔ ESTA FELIZ DEMAIS, ENFARTOU, CONTENTEMENTE
XANTUNGUES, TANTOS PRESENTES CARREGAVA
ZIGUEZAGUEANTE CAIU MORTO, RESPIRAÇÃO ARFAVA
***MORREU ALEGRE COM OS BOLSOS CHEIOS DE BALAS QUE TRAZIA PARA
A CRIANÇADA CHUPAR. ESTAVA MUITO FELIZ. MORREU SORRINDO...
SONHO QUE NÃO MORRE
(Bartolomeu Assis Souza)
Estou a esperar...
Estou a esperar...
Estou a esperar...
As portas do Dia...
As portas da Tarde...
As portas da Noite...
Para dizer que
o sonho não morreu...
ou morreu...
O Sol morreu e com ele os dias futuros, agora ninguém tem mais tempo, ninguém mais faz aniversário, ninguém apaga uma vela, e todo mundo agora espera a Terra sem órbita conhecida pra outra estrela se aproximar.
O Sol morreu e os girassóis deitam, as pessoas dormem sem querer, as praias estão vazias, o ouro não vale tanto.
O Sol morreu e agora todo mundo é branco por fora e negro por dentro, e o mar está de luto.
E tudo aconteceu tão rapidamente, e rapidamente tudo aquilo que não morreu, revelou o que há de melhor em mim!
“A velhice (tal é o nome que os outros lhe dão)
pode ser o tempo de nossa felicidade.
O animal morreu ou quase morreu.
Restam o homem e sua alma.”
(trecho extraído do livro "Elogio da Sombra", Editora Globo - Porto Alegre, 2001, pág. 81 projeto releituras)
Remexendo o baú de lembranças, me lembrei de mais uma estada na casa da minha tia avó, Joaninha...Certo dia, enquanto eu estava hospedada na casa da minha tia, ela foi me mostrar o jardim dela, com todo os tipos de roseiras, e plantas..., Sabe aqueles jardins que tem desde a hortelã até a margarida...Nesse dia, minha tia me disse, olha Lú, sei que ama plantas, e da próxima vez que voltar, vou te dar um presente!!! E assim, na próxima visita, minha tia me chamou e me disse, veja o que preparei para você! Lá estava um litro ( vasilhame de óleo de soja) com terra. Eu disse, o que é isso tia? Ela me disse, leva e enterra! Quando eu estiver enterrada minha filha, você se lembrará de mim, pois eu estarei viva na sua lembrança, a cada fruto que essa semente irá lhe dar!
Bem, minha tia avó morreu aos 103 anos de idade há alguns anos, mas até hoje, a mangueira que nasceu daquela lata furtada de óleo, cai em meu quintal, me fazendo lembrar desse dia, dessa doce lembrança que tenho da minha adolescência na casa de tia Joaninha e tio Pretin!
Hoje não só eu, mas meus filhos, comem do fruto e tomam do suco, fruto do amor de alguém que aqui já não está, mas semeou um tesouro que ninguém pode roubar, o amor!
AS PORTAS DA VIDA
Uma luz nos olhos traz o choro quando nascemos para esta vida. É a porta que se abre e dá início a um novo ciclo. E, aos poucos, como que engatinhando, vamos aprendendo a gostar de viver como se a vida nunca tivesse fim. Vivemos a fábula de Peter Pan ou acreditamos que a porta apenas irá se abrir muitos anos à frente. Porém, algumas vezes, somos pegos de surpresa, quando a porta se abre e fecha sem proporcionar a despedida para quem entrou... e se foi. Ficam os abraços que não foram dados, as palavras no silêncio da lágrima e a dor pela ausência. Porém, viveremos com a esperança de que, um dia, quando a porta se abrir para nós, o reencontro seja de alegria, paz, amor, amizade e saudade. Enquanto isso, que os momentos felizes sejam os principais motivos de recordação.
A sombra na parede
que se move
não sabe que morta está !
Que o homem
sem sua sombra se perdeu
é somente uma sombra do que já foi
O homem matou sua sombra
ou quem sabe,
sua sombra o matou e morreu
