Hoje a Felicidade Bate em minha Porta
As pegadas na areia são para marcar a minha presença, o vento para confirmar a minha essência e a água do mar para lavar a minha alma.
Perdoe-me a minha indelicadeza, só falei dos meus problemas até agora, em nenhum momento, perguntei como foi o seu dia, se você está bem, se está precisando de alguma coisa.
Talvez o meu dia tenha sido leve igual a uma pluma, se comparado ao seu.
Ela não é só minha mãe.
É minha base, meu alicerce, minha fé em forma de gente.
A mulher que transformou a dor em força,
silêncio em proteção,
e cansaço em cuidado.
Já a vi chorar escondida,
engolir palavras para não me preocupar,
sorrir mesmo com o coração em pedaços.
E mesmo assim…
nunca deixou de me amar com tudo o que tinha.
Se hoje eu sou forte, é porque fui criado(a) por uma guerreira.
Por alguém que amou primeiro, mesmo antes de me conhecer.
Deus, cuida dela por mim.
Porque enquanto ela existir,
eu sei: nunca estarei só.
Mãe… te amo de janeiro a janeiro.
Te amo com tudo que sou.
Minha Geração(Geração Z) só tem jovens falando merda e babando o ovo em tudo que eles falam e mataram aulas ou até mesmo se nega à sua educação, só pensam em doutrinar o futuro, porém sou diferente destes jovens, estudo lendo livros e fontes, ás vezes eu faço previsão e não falo meu resultado se estou certo ou errado, e sempre e dou uma clássica "Eu te Avisei" em quem não acredita no que penso e na minha opinião.
Muitos me questionam sobre minha masculinidade, minha masculinidade nunca foi no pecado da luxúria, da raiva e ao rancor e ódio, ou até mesmo da preguiça, muitos não sabem, minha masculinidade se baseia no amor, sacríficio e justiça, eu amo minha vida, minha família, meus amigos e meu país, faço sacrífico pela minha pátria e por mim mesmo, luto pelas justiças independente do que seja.
De Relance
Ele ouviu minha voz
e virou para olhar —
como quem sente o vento
e precisa confirmar.
Mas eu, com o coração em tumulto,
fingindo calma, segui o culto
do silêncio e da distração,
com os olhos presos na contramão.
O vi de relance, só por um fio,
como quem toca a borda do frio.
Fingi que não vi, que não doeu,
mas cada passo longe era só meu.
O tempo parou naquele segundo,
tão breve e mudo quanto o mundo.
Ele me olhou com alma e sede,
e eu... fugi dentro da própria rede.
Talvez por orgulho, talvez por medo,
talvez por tudo que ficou em segredo.
Mas meu coração — esse, sem fingir —
ainda queria apenas... o teu sorrir.
Sempre aceitei todos os conselhos menos aqueles que me tentaram tirar a minha própria opinião, apesar do preço que isso me tem custado.
Tenho passado a vida a tentar derrubar muros, e o único que consegui derrubar foi o muro da minha escola primária, que antigamente separava os rapazes das raparigas, por isso levei seis reguadas.
Quando puxo a minha manta e lhe peso a dimensão, equilibra-se-me a razão enquanto a força me levanta.
A inveja é uma prisão
e um tal desassossego,
que na minha opinião
se fosse uma profissão
não havia desemprego.
O que canto em abundância
são retratos de saudade...
És a flor da minha infância
E um cartão de identidade.
I
Nas passagens do rossio
o colorido do ervado,
velhas eiras, algum gado
e cem anos de pousio...
Na riqueza do teu brio
eu vivi sem importância,
sem o vício da ganância,
no carinho do teu leito,
é sincero e por direito
o que canto em abundância.
Ii
Para sempre a minha escola,
o meu teste de memória,
professora dona Vitória
e mil sonhos na sacola...
Sua imagem me consola
num padrão de eternidade,
vi em ti a liberdade,
muita força e muito medo,
e as promessas dum brinquedo
São retratos de saudade.
III
Aquela imensa multidão,
as promessas arrojadas,
com pessoas encantadas
oferecendo a exaustão...
Boa-Nova e devoção
demonstrados na constância,
o teu povo em abundância
vê passar mais um petiz,
mas que hoje ainda diz:
És a flor da minha infância.
IV
És a página mais amena
no meu livro desfolhado,
o sentimento emocionado,
a nostalgia que me acena...
Neste abraço para Terena
há carinho e amizade,
e aquela fraternidade
que eu guardo de criança...
foste tu a minha esperança
e um cartão de identidade.
Vós que sois juízes do meu fado,
aqui no resplendor das antefaces,
protegei a minha vida com cuidado,
sem essa aberração das subclasses.
Dizei tudo o que sou e o que não sou,
velai a minha acção a descoberto,
e vede que meu mal não se acabou,
aqui neste arraial de peito aberto.
Por isso, olhai o circo, em traje puro,
os bons malabaristas e os palhaços,
mirai alguns funâmbulos do futuro
fitando os movimentos que aqui faço.
Defendei o meu feitio rude e tosco,
com esse bem-querer que vos conheço,
e sei que poderei contar convosco
enquanto eu divagar neste endereço.