Hilda frases
NUVEM
babado de organdi
floco de algodão
carneirinho regredido p
rimeira comunhão
beleza que é o cúmulo
As mulheres em geral são chatíssimas; em literatura a gente escolhe a dedo uma ou outra; e depois eu quero é que elas não me aborreçam.
Quando anoitecer e eu não mais aqui estiver,
Olhe para aquela estrela que brilha incessantemente
Estarei lá, no infinito, iluminando os casais apaixonados.
Nada mais contraditório do que ler Camus num domingo assim tão pleno." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
Aqui na Terra tudo vai bem. Bem. E hoje, excepcionalmente, não temos vertigem." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
Nada existe e tudo existe, a música cada vez mais forte, cada vez mais forte, abafando a morte e me distraindo da minha leitura." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
Essas ondas que batem no casco, com seu riso encantatório, anulam, machucando os ouvidos, as franjas do tempo e dos dias". (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
Abro uma champagne e, nessa noite de turbulência e festa, do mesmo escuro são noite e mar." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
Nessa longa noite do esquecimento dickeana, esse sol que me alumia é fora de hora, e é lento e é morno, mas, de qualquer modo, bem que esquenta, se eu quero." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
O mar de novo me espera, nessa enorme noite das horas sem canto, das horas sem dobras, das horas em aro, no mediterrêneo de todos os pesadelos, de todos os pecados e de todos os sonhos, meu barco bem que é azul e branco da cor dese meu céu." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
O escritor já nasce escritor, cresce escritor e não morre nunca". (Estranhos na noite, romance, 1988)
As palavras... As palavras haviam escorregado, escorregado, até caírem da margem direita, irremediavelmente perdidas. Estendo as mãos, consigo pegar algumas que ainda não haviam despencado no abismo. Sinto sede. Preciso engolir as palavras." (Estranhos na noite, romance, 1988)
Visto uma blusa de frio para não tremer de solidão. Gostaria de ver o arco-íris, mas não chove. O tempo continua seco como eu mesmo. Se pudesse escolher, teria nascido no nordeste. Aqui, é julho-inverno-verão." (Estranho na noite, romance, 1988)