Ha Menina Apaixonada por Rosa
ALMA ERRANTE
Vai-se o tempo,
vão-se as horas,
vai alma bebada embora.
Voa alma,
voa sentimentos,
voa loucuras e tempestades de agora.
São torpedos os passos da alma.
São triste os tempos e as lembranças de outrora.
São incompreensíveis as saudades perdidas.
São dores as lembranças sentidas.
Não faz mal se não exitem palavras.
Se inexistem respostas
para minhas perguntas tortas.
Nem sei mais o que sei,
o que fui,
o que foi
o que sou,
no que se fizeram as nossas almas,
da importância da vida,
da importância da história escrita em nossas vidas.
Só sei da sua importância pra mim.
Da sua falta na minha alma
Do vazio dos meus dias.
Mas não me importa.
Preciso aceitar a derrota.
Preciso mudar a rota
Preciso voltar a viver
CADÊNCIA DE UMA SAUDADE
Na cadência do bem querer,
a saudade marca passos,
delimita espaços,
do meu eu sem você.
O silêncio faz, num corte,
sangrar a ausência até a morte.
Mas meus Deuses caminham comigo,
carregando nas mãos meu coração mendigo
fazendo-me companhia num caminho sem sentido.
Na cadência do bem querer,
a distância é uma harpa ao som do vento,
perdida no vazio das palavras ante ao sentimento,
quando emudeceram todos os pensamentos.
A loucura profana ofega no horizonte
uma pesada solidão, que simbilante
engole a lua como um acalento estonteante
para afastar os lampejos de medo da alma profana,
retorcida de uma saudade pungente, diante do momento
Apenas um Canto
Um canto,
No meu canto,
Encanta o meu silêncio.
Fazendo o meu dia raiar,
Fazendo a minha vida vencer
O medo da morte,
O medo da sorte,
O medo, o medo, o medo, o medo.....o medo................o medo.
ANDEI POR AÍ
Andei perdida caminhando por atalhos,
enfiada, que nem um gato, num balaio,
buscando as melhores partes de mim
Para, enfim, costurar pedaço por pedaço de meus retalhos.
Andei sumida na fumaça dos meus dias,
protegendo-me do calor de meus raios de sol incandescentes,
banhando nas cachoeiras frias de minha energia,
todas as incertezas, as minhas tristezas e uma certa melancolia.
Andei, por aí, hibernando nas tocas de meu inconsciente,
às vezes inteira e às vezes quase morta,
mastigando, entre os dentes, pedaços de saudade.
Buscava força e luz no fim do túnel
para ter coragem e força de seguir em frente.
INSANIDADE
Eu ando por aí contando os passos,
contando as horas,
rezando o terço,
tecendo a vida sem endereço,
pagando o preço dos meus tropeços,
buscando a sorte depois da morte
para um novo recomeço.
Eu ando por aí contando estrelas,
soprando vento das minhas janelas,
cantando músicas que desconheço,
desenhando sombras com a luz de velas,
buscando abraços para os meus braços.
Minha alma está em alvoroço
porque a saudade ocupa todo o espaço
e, ainda por cima, dói doída no osso.
Perdi a senha da felicidade.
Perdi o rumo das minhas vontades.
Perdi a calma da neutralidade.
Perdi de mim, as minhas metades.
Insanidade será meu fim?
Fragilidades não me pertencem,
e delas, juro, não serei refém.
Sou ave branda que voa nas aragens.
Sou ave brava que enfrenta tempestades.
Sou um ser errático, lunático, dramático.
E se não sou fantástico, e não sou poeta,
a poesia é a culpada por eu ser assim
E N T R E G A
Curvo-me
ao solo dos sentimentos sem rimas,
ao arco-íris desfeito na alma vazia.
Sem festa e sem dor, sem tristeza, sem amor,
e sem gritos de guerra
ofereço à vida uma solitária flor
sem perfume...
sem cor
O SONHO
Sonhei que
do mar selvagem
eu sorvia
o sal das lágrimas minhas
e, no amanhecer,
o calor do sol
minha saudade
derretia.
Ao acordar,
percebi
minh’alma
inteiramente
vazia
Mudaram-se os ventos
as formas
os dias.
Mudou o tempo,
o sonho,
a palavra,
a poesia.
Esmaeceu-se na alma
a alegria
a beleza,
a euforia.
Perderam-se nas horas
as certezas,
as vontades,
a sintonia.
Ficou o cheiro - no apelo da saudade
e lembranças perpetuadas
num álbum de fotografias.
O que são erros?
Depende do tempo em que eles acontecem.
Ontem eles podem ter sido.
Hoje, talvez não mais.
Adoro ser surpreendida pela moçada que vem chegando com uma bagagem tão rica e colorida na alma. Gosto de ser surpreendida pelo frescor dessa juventude que despe os sentimentos e os veste com palavras sinceras.
As diferenças são peças do quebra cabeça da vida. Cumpre-nos encaixá-las no lugar certo. Benditas diferenças.
Discordo quando dizem que a pior coisa é se arrepender daquilo que podia ter feito e não fez. Sabe por que? Porque só podemos fazer o que sabemos naquele momento. Mesmo se houve dúvida. Quando a dúvida surge é porque não temos certeza da melhor forma.
Falar de qualquer sentimento é complicado. O ser humano os sente e ponto. Alguns são enquadrados como maléficos, outros como benéficos. Sentir raiva, ciúme, tristeza é tão normal quanto sentirmos amor, alegria, felicidade. O importante é termos consciência deles dentro de nós, e exorcizá-los quando são demais. Porque todo excesso leva a exaustão.
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