Ha Menina Apaixonada por Rosa

Há invejosos que parecem de tal forma acabrunhados pela nossa felicidade que até quase nos suscitam a veleidade de os lamentar.

Só há obra de arte à escala do homem.

Não há limites para a credulidade humana e está ainda por nascer o homem prudente que saiba venerar na desconfiança a suprema sabedoria.

Há na tolerância um grau que confina com a injúria.

Há no coração duas medidas: uma para o prazer e outra para a dor e ambas se despejam e enchem alternadamente.

Há em todo o sucesso humano uma parte mal definida de felicidade.

Não há uma ideia nascida do espírito humano que não tenha feito correr sangue sob a Terra.

Há senhoras que seguem a cultura em bandos, como se fosse perigoso encontrá-la sozinhas.

Não há ordem verdadeira sem a justiça.

Há crimes felizes que são reputados heróicos e gloriosos.

A pátria de um porco encontra-se por toda a parte onde há bolotas.

Há empregos em que é mais fácil ser homem de bem, que parecê-lo ou fazê-lo crer.

Há opiniões que, assim como as modas, parecem bem por algum tempo.

Acontece com os homens o mesmo que se passa com as paixões: há as nobres e as outras.

Não há nada tão incómodo como o estado de viuvez.

Não há homem que não deseje ser absoluto, aborrecendo cordialmente o absolutismo em todos os outros.

No solar ruído
há ainda verdes cortinas
e um senhor, o sapo.

Só há vantagem em substituir um homem por uma máquina, desde que esse homem encontre trabalho noutro local.

Não há comida
E as moscas se ocupam
Em fazer mais moscas.

Além de helicópteros
Há algo mais cortando os ares:
Faceira libélula