Ha como eu Queria q ela Soubesse

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Eu sonho acordada, mesmo como uma mocinha de quinze anos. É o que se chama de sonho estéril. Imagino conversas, imagino situações e cenas – pareço nunca ter tido nenhuma experiência.

Clarice Lispector
Borelli, Olga. Clarice Lispector: esboço para um possível retrato. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
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“Existem sentimentos que duram, mesmo depois do fim.” Peço a Deus que cuide de você, como eu cuidaria.

Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Eu, enquanto homem, não existo somente como criatura individual, mas me descubro membro de uma grande comunidade humana. Ela me dirige, corpo e alma, desde o nascimento até a morte. Meu valor consiste em reconhecê-lo. Sou realmente um homem quando meus sentimentos, pensamentos e atos têm uma única finalidade: a comunidade e seu progresso. Minha atitude social, portanto, determinará o juízo que têm sobre mim, bom ou mau.

Eu não tenho que ser a maravilhosa a vida tem que ser como eu aceito

Tudo se passou como num teatro, eu e Gustavo os atores principais e, na platéia, os amigos. Disseram que eu estava bonita, mas não existe noiva feia. Casei com Gustavo. Não casei com um namorado. Ele já era meu marido.
A gente casou no primeiro dia em que nos vimos, pulamos a parte do reconhecimento, foi desde início um salto sem rede. Estávamos predestinados, sabíamos disso antes mesmo de tocarmos um no outro. Mesmo quando houve brigas e implicâncias, elas faziam parte do querer-se. Não forjamos isso, aconteceu, e não se deve esnobar um presente do destino. Casamos porque já estávamos casados e não tinha cabimento fingir-se de solteiros.
Gustavo e eu trocamos alianças. Gustavo e eu dançamos a valsa. Gustavo e eu cortamos o bolo. Gustavo e eu fizemos tudo o que todos os noivos fazem, cumprimos o ritual até o fim. Quando chegamos ao hotel ele fechou a porta do quarto, a gente soube que o nosso casamento não seria igual aos outros. Ele não disse enfim sós. Disse enfim juntos.

Eu quero ser como água. Limpa, transparente, fonte de energia, mas que quando se rebela é capaz de inundar o mundo.

Escrevo deitado e as linhas ficam tortas, como se eu tivesse bebido. Só bebi um pouco de tristeza.

Eu esqueci você como deveria, claro que sim. Exceto quando escuto seu nome ou o riso de outra pessoa quando é igual ao seu.

Quanto a mim o amor passou...
Eu só lhe peço que não faça... Como gente vulgar...
E não me volte à cara quando passa por si...
Nem tenha de mim uma recordação em que entre o rancor...
Fiquemos um perante o outro...
Como dois conhecidos desde a infância...
Que se amaram por quando meninos...
Embora na vida adulta sigam outras afeições...
Conservam nos caminhos da alma...
A memória de seu amor antigo...
E inútil...

Sempre só. Eu vivo procurando alguém que sofra como eu também, mas não consigo achar ninguém.

E eu não aguento a resignação. Ah, como devoro com fome e prazer a revolta.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica As crianças chatas.

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Sempre que me perguntavam como eu gostaria de ser lembrado, respondia: com um sorriso.

Eu me utilizo de todos os meios da Sociedade de consumo, penetro no Sistema, mas como um veneno.

É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros como você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro.

Eu sou o medo da lucidez.
Choveu na palavra onde eu estava.
Eu via a natureza como quem a veste.
Eu me fechava com espumas.
Formigas vesúvias dormiam por baixo de trampas.
Peguei umas ideias com as mãos - como a peixes.
Nem era muito que eu me arrumasse por versos.
Aquele arame do horizonte que separava o morro do céu estava rubro.
Um rengo estacionou entre duas frases.
Um descor
Quase uma ilação do branco.
Tinha um palor atormentado a hora.
O pato dejetava liquidamente ali.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Como assim eu mudei? Quando?
- Quando deixou de ser aquilo que era. Até mesmo quando deixou de fazer questão de todas essas coisas que eu resolvi dar importância. E só dei importância porque quis que você soubesse o quanto eu o amo, o quanto sempre o amei. Antes eu nunca tivesse dito absolutamente nada do que eu disse. De repente, não estaria doendo como dói agora. Mas mesmo querendo muito a sensação de me arrepender de ter dito tudo o que eu disse, prefiro mesmo que você saiba. Um dia talvez você entenda o quanto a sua distração me dói, o quanto esse seu silêncio me rasga. O quanto machuca ver que se estragamos o que poderíamos ser, não foi por causa das nossas muitas brigas ou diferenças, foi porque desistimos de ser aquilo que sempre fomos não querendo estragar o que já tínhamos sido sem erro algum. E se isso vai te fazer feliz então seja. Mas não vai ser comigo.

‎"Eu te amo de um jeito tão impossível que é como se eu nem te amasse."

"Se eu não puder agir como uma criança não me interessa brincar."

Metade

"Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo..."

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