Grito de Protesto
“A caneta é meu microfone e cada palavra escrita é um grito suave, sempre uso vírgulas como uma pausa na voz, mas nunca coloco ponto final pois o microfone continua ligado mesmo que a plateia durma.”
Giovane Silva Santos
Expectativa
Fagulhas de vida começam a surgir,
É um grito de esperança a emergir...
E aquela tristeza toda passa a diminuir
Dando espaço para a alegria novamente florir
E esse rosto cansado voltar a sorrir.
Uma voz dentro de sua alma ecoava um grito de socorro, e de novo ela se sentiu sozinha, sentada à beira daquele abismo. Haviam rosto de todos os tipos, mas ninguém a ouvia. Ela parou por um instante, assustada, e começou a ouvir sua respiração ofegante. — “É só mais um dia” — gritava com ela mesma. Acostumada com aquela dor costumeira, ela levantou-se enxugando suas lágrimas como sempre fazia, era como se já fizesse parte da sua rotina. Engoliu seco. Àquela voz mais uma vez foi silenciada pelo absurdo. Ela sentia medo, mas, no fundo, ela sabia que precisava fugir dali. Com passos lentos e ainda muito assombrada, ela caminhou até a pia do banheiro para lavar o desespero que avistava em sua face. “Ninguém precisava saber o que havia acontecido ali”, ela pensou. Ao levantar à cabeça para se olhar no espelho, ela enxergou uma figura muito familiar: uma sombra, muito aflita e abatida. Ela não se conteve e de novo se afundou em lágrimas agarrando o tecido de sua camisa florida já manchada do sangue que escorria de seus lábios. Uma ferida acabara de ser rasgada no mais profundo de sua alma e doía mais que a dor física que ela sentia naquele instante. Abaixou-se colocando três dedos na garganta para tentar aliviar a sua ânsia, mas nada saiu. “À sua morte estaria chegando? ”. Pensou por um instante. Balançou a cabeça para afastar aquele pensamento medonho e observou as paredes cinza à sua volta que na sua cabeça parecia dançar. Ficou perplexa querendo entender como que ainda continuava ali, sozinha jogada aos prantos. Soluçava. Ela não tinha muita certeza do que fazer. À feição de seu rosto mudara e agora ela não parecia mais ter medo. Ela suspirou um ar de culpa que parecia não a pertencer e foi se arrastando com confiança até uma porta branca que avistava em sua direção. Um suor frio congelava à sua pele. Ela fechou os olhos para afastar aquele sentimento de medo que parecia voltar ao seu interior deixando uma última lágrima cair. Cerrou os punhos com muita raiva e continuou a se arrastar pelo chão. Estaria próxima do fim? Pensou com clareza. Um caminho de sangue se estendia à medida que ela se aproximava da porta. Uma leve intuição de esperança tomou conta do seu interior dando lhe uma impressão de alívio, e a única coisa que ecoava agora era o som de sua respiração ofegante. Semicerrou os olhos por um instante para conter uma lágrima e respirou fundo para não precisar gritar. Ela já estava cansada e os efeitos colaterais de suas dores a deixava cada vez mais fraca para finalmente sair dali. Uma memória de sua infância tomou conta de sua mente. Agora ela tinha medo, tristeza, raiva, angustia, e uma vontade maior ainda de se libertar. O que havia acontecido no passado se repetia? Uma força maior se criou dentro dela e já não importava mais o que acontecesse. Àquela lembrança a despertou algo que ela jamais imaginou que teria algum dia: a coragem pra enfrentar seus próprios pesadelos. Finalmente ela girou a maçaneta da porta. Seu corpo, que agora se mantinha em pé, corria em direção ao que poderia ser a luz no fim do túnel. O grito de socorro finalmente foi dado pela sua insegurança. Parecia que seu coração ia explodir no peito à medida que ela se distanciava dali. O medo que havia sido enraizada dentro de si durante anos de repente transformou-se em esperança. Ela sabia que não era a única que precisava se libertar, assim como também sabia que outros lugares haveriam corpos ecoando um grito de socorro onde ninguém mais podia ouvir.
O grito preso na garganta foi dado pelo som da maresia.
As correntes que travavam todas as emoções, foram quebradas pelas mais afinadas notas de um Marujo destinado a seguir suas intuições.
Era o Palco. A Plateia. Eram os sonhos divididos em um só espaço.
O Medo? Não existe medo quando se tem coragem de sonhar.
Cada intensidade do corpo movido pelos sons da flauta, do violão e da percussão, tornaram-se ainda maiores, a cada verso cantado.
Foi como um voou no alto das nuvens, sentido pelo frio na barriga e a emoção de olhares curiosos ao nosso encanto. Olhares sobe nossas formas de caminhar, dançar, atuar, cantar e sentir o último som transformar-se em silêncio.
O espetáculo acaba.
As cortinas se fecham.
Os nossos sonhos continuam.
Estou com meu peito destruído
Já faz um tempo
Agora meio que nada sinto
Só brigo e grito e...
Nada eu sinto...
Meu coração de mulher, de amante, de menina
Totalmente destruído
Algo dentro de mim comemora
Algo dentro de mim adora...
Quantas vezes neguei minhas emoções
Passei por cima de minhas dores
Como se não fossem nada
E eu sempre acho que estou tentando me curar
Mas toda vez quero levantar a voz e ter razão
Quero saber tudo
Ao invés de cuidar das plantas.
Não posso dizer que estou triste
Pois eu não sinto nada. Nada. Nada.
Poesia
Aaah poesia
ela é minha fuga
é eu grito
é minha amiga
meu riso
Me anestesia
nela devaneio sem medo
de heresia
de que me apontem o dedo
Aaah poesia
abro a gaiola e solto
esparramo sobre a mesa vazia
e me preencho de poesia
Poesia tem me dado vida
em tempos de pandemia
tem sido minha aliada
diante de tanta hipocrisia
Que nunca me falte a poesia...
A ansiedade não é romântica, muito menos um poema.
Este é um grito silencioso, chorando silenciosamente.
No amanhecer frio, respiração excessiva,
com minha solidão.
Como um poeta, que não sabe escrever poesias ou
um cantor que não ouve sua própria voz.
É um céu sem estrelas, uma galáxia sem planetas,
na escuridão do meu quarto e na solidão da minha alma,
Percebi que não escrevi,
apenas chorei e das lágrimas
criei um verso.
Solidez da minha alma,
um esforço, um grito
Um corpo adormecido,
olhos dilatados, e oque é sentir se vivo,
nesse abismo que só solidão.
Num profundo desengano,
meu ser, se esforça para que meu coração lute...
PauloRockCesar
É um grito de socorro, porem este não há nenhuma voz bradando de nenhum local, não a timbre, nem oitavas, nem mesmo sussurros, ninguém as ouviriam mesmo estando na calmaria em alto mar numa madrugada fria diante de um silencio repugnante, nem com todos os motores do barco desligados, e com todos a bordo já dormindo, nem assim o capitão em seu leme controlando sua respiração conseguiria escuta-las... É o grito maior que existe, por que mesmo os pulmões se enchendo de ar, e o diafragma se contraindo desesperadamente, a boca se abrindo ao máximo, este grito não sairia, não sairia porque ele é muito maior do que aquela cavidade, gritos baixos se resolvem com uma noite demasiada, mas os gritos dolorosos saem tão ofegantes que os que a ouvissem não teriam nem tempo de ajudar sem julgar o próprio de já está enlouquecido pela loucura de acumular tantas desgraças em seu peito , como se para as pessoas o juiz daquela alma já estivesse decretado à sentença, condenando aqueles olhos a ficarem voltados para o horizonte dia e noite, com o corpo travado dentro de um universo doentio, aprisionado naquela cadeira confortável de varanda que para o enlouquecido não saberia se quer diferenciar de uma de madeira pura, mesmo o corpo estando lá parado, o grito já estaria livre vagando em frente aos olhos da família, dos amigos, dos colegas, o grito estaria rindo de todos aqueles que viveram ao lado do angustiado e foram egoístas demais em não perceber a tempo o maior grito que existe, o grito sem voz.
Dor compartilhada
Distantes,
O grito da sua alma ecoa na minha,
Não posso ver seu olhar,
Não respiramos o mesmo ar,
Mas todas as suas lágrimas em deságuam em uma face, a minha...
Conectados,
Não com o frio da tecnologia,
São laços, são abraços e beijos sagrados
Apertos de mão e brigas de irmão...
Grito de guerra
Em meio às ruínas, me calo
E os tempos sombrios
Emitem estrondos ofensores.
Fazem de cada pedaço espatifado,
De algo que antes era sadio,
A se tornarem entulhos inferiores.
E como se locomover
Onde o peso parece me vencer,
Em cada fragmento que se perdura?
Tudo parece estar a um passo de morrer,
E o jeito é ver melancolia distorcer
O final que não há mais cura.
Envolvida no temido escuro
Ouço vozes intactas,
Que insistem em constantes sussurros.
Embora soam abafadas
Aquietam o sentimento de apuro,
Vindo de uma canção que promete seguro.
E com o resto de confiança,
A intensidade começa a ecoar
Me recordo das velhas lembranças,
Da glória que sempre buscava em almejar.
Seus ritmos repetidos
Me fazem querer te escutar cada vez mais,
Meu interior abriga seus gritos
E melodias da essência que me satisfaz.
Então seja bem-vinda,
Ó doce e brava sinfonia!
Abale minhas estruturas como quiser,
Afinal, você sempre foi minha.
Me faça pulsar para o renascer,
Assim fortaleço seus hinos de motivação,
Transformo razões em batidas com emoção,
Pois isso é que me fará sentir viva outra vez.
Composições que soam em tons potentes,
Onde acendem o pavio apagado.
Me recupero em faíscas flamejantes,
Provocando um estouro inacreditável.
Aos poucos, reparo os danos quebrados
Combatendo o que não é mais tão implacável.
Ah, meu grito de guerra adormecido,
Que ressurge em agitos independentes.
Te eternizo em meus tempos destruídos,
Para me refazer com suas trovas confiantes.
Tá me matando aos pouco, me vejo no poço, calabouço, eu dou grito com minha alma
Ao invés de usar minha própria voz, porra ninguém me escuta, más falam que eu tô na
Paranóia, ninguém entende minhas loucuras, e loucuras de louco quem vai entender?
Enquanto o seu grito por vitória for mais alto do que o seu grito por uma vida transformada, você vai continuar andando na escuridão.
“O grito de liberdade é livre, somente quando as algemas são surdas, não é o caso do Brasil oculto.”
Giovane Silva Santos
Me deu uma saudade imensa
Então fixei meu olhar no infinito
Na ânsia de um grito
Em busca da tua presença.
Este meu jeito leviano causa dano
Eu grito aqui nesse terreiro, também aprisionado no porão, muitas questões por dinheiro e por isso a escuridão.
De fato me vejo um sujeito perverso, jeito de retrocesso, romântico e amante da vaidade, um orgulho desenfreado, traduz um pobre coitado e de lá pra cá, de cá para acolá, fugindo do céu que me chama, ignorando a redenção que emana e aderindo um perigoso perfil, uma teia que dá calafrio.
Uma espiada na malícia, um mergulho no atrito, ferindo meu alheio, e de novo a repetição, que faz vã a oração, estou tentando acertar, é fato, mas continuo errando e este meu jeito leviano causa dano.
Giovane Silva Santos
Amor por todos eu tenho,
o que não tenho, o que eu prendo, o que eu escondo,
é o meu grito de explosão de amar
a minha espontaneidade;
Cada dia que passa retrai-se um pouquinho
esconde o meu belo ser:
o seu belo ser.
Meu grito foi assassinado a esperança ressuscitou
O que vou dizer nesta rima, poema e poesia.
Nessa prosa e nesse enredo de fantasia.
Parece ser mesmo um manifesto delirante.
Mas é parte de um conto oculto.
É fato, é ato, é a verdade um predominante.
Quando a loucura surgiu.
O grito bipolar emergiu.
A mente acelerou.
O coração pulsou.
Uma vontade existiu.
Pelo povo e Brasil.
Mas o grito foi assassinado.
Pela sociedade que oprime.
No próprio lar se ganha de presente dilemas.
Um par de algemas.
Um cadeado que reside.
Um ato de depressão.
Uma agulhada de injeção.
Pronto, o doido dorme.
A loucura não fala.
A sociedade nos conforme.
Oh silêncio que fala, pelo que a poesia ditou.
Meu grito assassinado, a esperança ressuscitou.
Giovane Silva Santos
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