Graça
O mundo espera que você seja igual, faça igual, pense igual e se comporte igual à maioria que obedece aos chamados do marketing, mas você só precisa ser igual ao que você vê quando está diante de um espelho, o resto é diferente do necessário relevante.
A liberdade precisa de paz, uma paz que nos permita superar tudo que tem potencial para aprisionar a nossa mente no medo, na culpa, na necessidade de sermos perfeitos em tudo e na ansiedade de agradar sempre. Uma paz que não nos frustra no caso de não atendemos alguma expectativa, que não nos fragilize diante de uma conquista não alcançada, que não nos desanime frente aos desafios quase impossíveis de serem enfrentados e que nos permita a sabedoria de reconhecermos o melhor no outro para nos servir de referência na relação inevitável, ou desejada.
A liberdade precisa da paz que está num cantinho de nós e que, a qualquer preço, sob qualquer incidente, nos mantém livres do medo de prosseguirmos com amor e dedicação à tudo que faz bem a nossa alma.
O que está no outro não nos pertence, nem o amor dele por nós é nosso, neste caso, especificamente, estamos, no máximo, habilitados a usufruir intensamente. O mesmo vale para outros sentimentos, sejam bons ou ruins, nada nos pertence, no máximo temos a permissão para absorver, ou não.
A nossa capacidade de lidar com as divergências é uma ilustração do nosso amadurecimento e da limpidez dos nossos sentimentos.
A única mentira digna de ser respeitada é aquela que é dita para o coração quando dizer a verdade for causar-lhe transtornos cuja as consequências comprometam a razão.
É nas dificuldades, nas provações, nas divergências que a vida nos oferece as oportunidades para amadurecermos quanto indivíduos, quanto parte das relações estabelecidas através do destino, mas especialmente quanto seres humanos que buscam o aperfeiçoamento da alma que nos eleve além da absorção das teorias religiosas. Nas boas fases, nos bons momentos tudo é muito fácil de ser vivenciado, tão fácil que pouco, ou nada, aprendemos efetivamente para vida como um todo, o que nos leva a novas experiências de provações.
Paz é, também, não precisar viver mentindo, nem enganando.
Paz é o resultado de um comportamento que não incomoda a nossa consciência quando estamos a sós com nós mesmos e os nossos pensamentos não entram em choque quando confrontamos a teoria dos nossos valores com a pratica deles
Temos, sempre, uma nova, ou última, chance de fazermos a coisa certa antes da errada se tornar um arrependimento com consequências diversas irreparáveis. O Tempo, antes de sentenciar, notifica a consciência
Ter razão é um detalhe quando a consciência tem paz
Ter paz não é um detalhe em circunstância alguma
Paz é um valor que vale mais que inúmeras razões
A razão tem poder de impedir a paz
Tanta futilidade move a sociedade. Tanta vaidade se sobrepondo aos valores. Tanta mediocridade permeando as relações humanas. Tanto desrespeito e descaso com os presentes que a vida oferece. Tanto oportunismo mascarado de bondade. Tanta sabedoria de areia, porque na prática não se sustenta. Tudo isso numa vida com data de validade pra terminar, nós só não sabemos o dia certo, mas todos estamos fadados a virar pó, não somos nada, mas não falta quem se ache tudo. O sofrimento no processo da travessia de volta de alguns de nós causa piedade em quem assiste, contudo ele sempre se justifica se tivermos a oportunidade de conhecer a trajetória de quem passa pela provação dos momentos derradeiros se considerarmos os tempos pretéritos até o presente.
Mas quem se preocupa com o amanhã do corpo, da alma e da consciência?
Enquanto a humanidade investe na sua falta de tempo, despreocupada com a qualidade e com a utilidade do seu uso, o TEMPO, quanto força poderosa neste esférico espaço azul, cada vez mais, e melhor, executa o seu ofício de Senhor observador do nosso comportamento, enquanto usamos as suas valiosas partículas, monitorando a qualificação da nossa essência, das nossas ações e das nossas intenções, quanto indivíduos que somos, ao transitarmos sob o teto do infinito
Sou devota, demais, do Tempo, porque ele não faz milagres, faz justiça.
Silencie para que todas as vozes ao seu redor, seja em forma de suavidade ou de gritos, possam trazer à tona as suas verdadeiras raízes de sentimentos e valores ao expressar o seu interior e tu poderes compreende- las ou, simplesmente, fazer-te calar-se ao reconheceres a tua incapacidade, frente à realidade íntima alheia, para ajudar a reverter ou avalizar os efeitos do porão psiquicoemocional verbalizados através do som das vozes que tu ouves, dentro do teu potencial de percepção
Tudo que me liberta torna-se a minha maior prisão, e ser um casulo, eventualmente, é fundamental para que eu seja uma borboleta em tempo integral.
Quanto mais apegados somos ao material, mais a nossa alma desapega de nós fazendo com que este distanciamento nos aproxime do abismo interno que, sob o comando de energias inferiores, nos impede de evolui e sentir paz verdadeira
A ambição e o materialismo doentios são estradas bem pavimentadas que proporcionam uma excelente caminhada rumo à um futuro caótico e uma vida falida
O bom da vida é viver com leveza numa vida real, ser natural, não ser adepto à mentira, sentir a tranquilidade de ser dotado de um caráter que proporcione paz interior, não precisar usar de artifícios para ser aceito, ter conquistado amigos sinceros e tê-los envelhecendo com a gente. O bom da vida é poder olhar para dentro de si e não sentir vergonha da alma, é seguir na jornada da terra com a certeza de não estar praticando o mal para o outro. O bom da vida é viver sabendo que o Tempo, ao seu tempo, e no tempo certo, vai analisar o nosso histórico de ações e comportamento e isto não ser motivo para sentirmos medo do amanhã, nem medo do nosso último suspiro. O bom da vida é fazer bom uso da vida pra quando ela acabar não nos tornarmos um fantasma assombroso em torno de nós mesmos enquanto vagamos pelo breu do universo.
Não é fácil ser alguém que pensa diferente, porém mais difícil, ainda, é obrigar- se a pensar igual a maioria
São duas as moradias sagradas que todos temos e que merecem o respeito irrestrito de cada um de nós; a morada da alma, que é o nosso corpo, e a morada do corpo, que é a nossa casa. Quando estes lares não são preservados com o devido, e sincero, respeito que merecem o indivíduo demora para perceber, ou nunca percebe, mas passa a ficar exposto às mazelas do mundo, fica sem teto emocional e moral e passa a vagar frequentemente pelas ruas da depressão, do vazio e da solidão em companhia das perturbações e das frustrações atraindo tudo, e todos, cuja as energias são inferiores, uma vez que as energias positivas não se sustentam ao seu redor, sequer nele próprio. Este torna-se um zumbi alucinado, sem rumo e vulgar, porém cultiva o entendimento de que é alguém livre exercendo o seu direito individual de ser e fazer o que bem deseja, contudo desatento, completamente, à diferença entre a liberdade saudável e permitida e a liberdade insana e depreciativa.
Ao relento, para qualquer ser humano, seja em qualquer circunstância, é muito difícil encontrar paz, estabilidade e segurança, porém, mais difícil fica se o relento for uma escolha por desprezo à valores essenciais, e mais catastrófica, ainda, são as consequências desta escolha quando a vaidade e o orgulho o impede de reconhecer o caos o qual mergulhou.
É só o descaso com as nossas moradias sagradas que nos levam ao caos pessoal? NÃO, porém este descaso é um excelente potencializador dos variados caos que já habitam o indivíduo