Gelo
Tem dias que a gente vai precisar de um empurrão, uma dose sem gelo de coragem, outra porção de força...
Porque a gente é assim mesmo: humano!
Às vezes a gente só vai funcionar se pegar no tranco, e olha lá!
É que a gente nasce com esta coisa de ser insuperável, meio super homem, invencível...
Então a vida segura a gente...Segura porque a gente precisa aprender a sentir-se, a pensar, a dar uma pausa pra se perceber e se olhar por dentro, se pegar no colo, se dar cafuné...
Afinal, todo super herói tem suas fraquezas!
Vem, e tira essa angustia do meu coração; a chuva já passou, é outra estação. Por que todo esse gelo dentro de você?
Vou gritar bem alto dizendo que eu te amo, a minha voz irá cruzar os oceanos, e aonde estiver vai me ouvir dizer: Não vivo sem você.
Alma parcialmente morta.
Os dias são sóbrios, o gelo bate em minha pele de uma forma desagradável. Não há neve, não há estação de inverno, o único gelo que está presente agora é o que vive dentro de mim. Chamo isso de fogo, pois por ser tão gelado, ele queima, machuca, mata. Parte de mim estão considera-se morta, e outra parte considera-se sobrevivendo.
As ruínas que passaram por mim, até hoje estão presentes em lembranças torturantes. Sem dúvida alguma, não há dor maior que machucar à si mesmo com coisas fúteis. Perder o próprio valor para se dedicar à pessoas que muitas vezes fecharam os olhos e desejam sua morte. Sorrir para quem sempre te encarou com ódio. Abraçar quem mentalmente possui uma faca para lhe apunhalar.
Diariamente vim cometendo erros, não com os outros mas sim comigo. Entreguei minha alma ao mundo para se dedicar aos humanos, e isso da mais dolorosa forma foi o que me matou.
Já ouviu falar de corpo vivo e alma morta? Sinto-me pelo menos pela metade exatamente assim. O que restou de amor que há em mim, vejo que será para sempre. Poucas amizades, alguns laços familiares, animais, e um homem. Isso é tudo o que de dezoito anos em que vivi, consegui deixar guardado dentro de mim. Jamais amar outras pessoas, jamais fazer laços de amizades fortes, jamais me entregar à alguém novamente.
De certa forma, chega a ser tolo ter essa parte de mim, morta. Chega a ser desnecessário ter vivido por aproximadamente seis anos em base de pessoas virtuais, pessoas que não estiveram nem um minuto se quer ao meu lado e ainda assim conseguiram me destruir.
Ainda há quem me pergunte se ser tão bonita torna as coisas mais fáceis para mim. Bobagem, toda minha beleza se apaga quando eu coloco a cabeça no travesseiro e vejo o fracasso que me tornei.
Medrosa, fraca, sensível além do limite.
Não me descreveria como alguém insensível, pois seria a maior hipocrisia da minha vida. Sou além de paranoica muito sensível. Me derreto com coisas tão simples que talvez nenhum ser humano ainda possua a capacidade de fazer.
Esse é exatamente o meu lado morto. Não é insensível, não é calculista, mas sim é sensível além do limite liberado para humanos. O lado negro de sentar-se no chão e infelizmente imaginar o meu próprio sangue escorrendo pelos lados. Deitar-se e a única coisa que sentir são as lágrimas correndo e o corpo pedindo cobertores pela alta temperatura causada graças as dores. Olhar para o futuro e desejar com o pequeno lado vivo em mim, uma família feliz, poderia até topar um casamento, alguém que me esperasse todos os dias com um sorriso no rosto.
E como se já não bastasse tanta dor e confusão, herdei do além um lado psicopata que ninguém da minha família ou próximos possuem. Um lado onde ver ou sentir dor é algo prazeroso, que me deixa confiante e que me faz sorrir. Mas que tipo de sorriso é esse, onde ver pessoas morrendo significa alegria? Ridículo.
Não me orgulho da minha escuridão, assim como não desejaria para ninguém.
Mas o lado bonito, esse sim é digno de atenção. Deixar de dormir por estar preocupada com alguém que eu realmente gosto, estar próxima, fazer planos, sair, festejar, dizer palavras tão doces que talvez essas pessoas nunca tenham ouvido antes. Esse lado sim eu me orgulho. O lado que antes vivia por completo dentro de mim, independente de qual consequência eu teria.
Viver engolindo lágrimas é minha maior decepção. Decepção que ninguém além de mim, pode curar.
Decepção que enquanto esse meu lado morto estiver comigo, continuará apenas crescendo e matando um pouco mais do que há vivo em mim.
Não há quem cure, não há psiquiatras e nem psicólogos.
Minha única cura está em fazer viver, o que já foi morto da minha alma. E para isso eu preciso de apenas uma coisa: Saber superar.
Gostaria se não do amor, da paixão, mesmo que ela queimasse como gelo, tivesse o calor dos andes e fosse tão profunda quanto a nata do leite. Assim ainda teria status de paixão, em tempos modernos é a intenção que vale, ante a intensidade.
O medo de perder tira a vontade de viver, o coração com medo é frio como o gelo, pois sabe que o calor que o alimentava pode acabar.
No final haverá alguém para acender a chama da sua alma e derretera o gelo que a dor formou no seu interior, e se olhar para o céu, se dará conta que ficam milhões de estrelas e cada uma é um sonho por cumprir, ainda que algumas se apaguem, haverá muitas que apenas começam à brilhar, e também se dará conta que há estrelas que brilham, mas a sua luz não é mais que um eco, o espelho do que algum dia foi a sua verdadeira luz, mas agora já não existe, você decide no que acreditar, só não abandone seus sonhos, são os únicos que te salvarão do esquecimento.
Champanhe no gelo, taças apontadas...
Pedidos e desejos, pra ora da virada.
Felicidades herdeiros do tempo.
Bom recomeço.
FIO DA NAVALHA
Sidney Santos
Andando sem rumo
Gelo e fornalha
Difícil é o prumo
Fio da navalha
Bandida e Santa
Jamais esquecida
Tudo me encanta
Maravilha de vida
Incompatibilidade
Eu gelo, você vulcão
Eu água, você erupção
Eu dia, você Lua
Eu mar, você rua
Eu falo, você foge
Eu me jogo, você corre
Em meio a tantas promessas
Vamos seguindo
Você e eu
Nunca nós!
Sempre a sós
Razão e coração
Frieza e emoção
Amor e paixão...
Entrega e resistência
Opinião e indiferença
Realidade e ilusão!
Eu e ele somos iguais; frios, dois blocos de gelo, duas partes do iceberg que afundou o Titanic! Somos orgulhosos e para nós é extremamente difícil falar sobre sentimentos ou demonstrá-los, pois a frieza é nossa fortaleza e quebrá-la é ato de fraqueza. Ele sempre acha que estou brava com ele porque eu sou feito uma geladeira e eu sempre acho que ele está bravo comigo porque ele é glacial. A gente não troca mensagens porque mandar mensagem também é ato de fraqueza, mas quando nos vemos, nos beijamos como se não nos víssemos há um milhão de anos! Então ficamos nesse impasse e alguém tem que ceder...
Entre tantas noites
Entre tantas danças
Um copo, gelo, álcool
Sorrisos, ousadia
Um salto alto
Um vestido que delineia
Suas curvas
Ruas, vento, lento
E lá está ela
Leve, pouco sóbria
De alegria ambiciosa
Encanta de longe
Conquista de perto
Entre poucas entregas
Seu Amor próprio
É sua festa
E ela se completa
Se embriaga em suas asas
Mais um gole
Mais um brinde
Cansada
Ressaca de tanto faz
Copo esvazia
Noite esfria
E ela amanhece
Em prece
Entre tantos dias
Entre tantas horas
Ela viaja, desarruma
Sua bagunça
Ela e sua calca rasgada
Remendada
Não se renda
Se ausenta
Ela e seus tantos planos
Caminhos
Na praia
Sempre um sorriso
Na volta pra casa
De saia curta
Longa, rodada
Vestidos
Sorrisos Largos
Ela se completa
A gargalhada
Como é bom dar uma gargalhada
Entre amigos fazendo palhaçada
Quebrando o gelo para conversar
Ou para o estresse se dispersar
Ela vem de dentro de você
O diagrama controla o ar em você
Num ritmo envolvente de inspiração
Sincronizado com o movimento de expiração
As vezes vc fica ser ar de tanto gargalhar
Seja de uma queda de se esparralhar
Ou de um momento de euforia contagiante
De felicidade entre seus participantes
Ela pode ser gaiata ou abobalhada
Assim com sinistra ou avacalhada
Não tenha vergonha de sua gargalhada
Cada um tem a sua a ser compartilhada
«Está um dia bastante límpido, com o sol a refletir-se nos cristais de gelo. É um daqueles dias em que nos questionamos como é possível haver tanta beleza num mundo particularmente feio."
A tristeza e a alegria são como gelo e fogo, não se misturam.
Estes sentimentos não conseguem ocupar o mesmo lugar na sensibilidade de nossos corações.
A partir desta constatação, se gostamos de priorizar nossos melhores sentimentos, porque não abrimos espaço para eles?
(Teorilang)
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