Futilidade
Minha Alcatraz
Vê-se liberto da vida que se esvai
Fútil é a mentira que vos emana
Do berço da morte aquele que cai
Agora vives, tu não me enganas
Poesia de fogo fátuo que ressalva
Recesso infernal dilacera-te alma
Linha tênue que ninguém o salva
Do sofrer incabível que não acaba
Vinda ingrata da vida que te foges
A mercer de tribunas impiedosas
No surgir do turíbulo teus algozes
Caridade da esperança formosa
Observa em prantos teu sofrer
Apenas sinuosa, a vontade de morrer.
Tanta futilidade move a sociedade. Tanta vaidade se sobrepondo aos valores. Tanta mediocridade permeando as relações humanas. Tanto desrespeito e descaso com os presentes que a vida oferece. Tanto oportunismo mascarado de bondade. Tanta sabedoria de areia, porque na prática não se sustenta. Tudo isso numa vida com data de validade pra terminar, nós só não sabemos o dia certo, mas todos estamos fadados a virar pó, não somos nada, mas não falta quem se ache tudo. O sofrimento no processo da travessia de volta de alguns de nós causa piedade em quem assiste, contudo ele sempre se justifica se tivermos a oportunidade de conhecer a trajetória de quem passa pela provação dos momentos derradeiros se considerarmos os tempos pretéritos até o presente.
Mas quem se preocupa com o amanhã do corpo, da alma e da consciência?
Desde as pequenas futilidades as reais necessidades o sistema nos oferece, mas tudo com o seu devido valor imposto por alguém.
Eu não me ligo, nem tenho apreço,
por luxúrias pífias e ostentações de futilidades.
O que me atrai são coisas simples.
Coisas que me retém o fascínio, da beleza que carregam consigo.
Por valor, não por vaidade.
A ociosidade principal é quando nossa mente começa a navegar nas futilidades que não nos levam a destino algum
E inacreditável, que a humanidade ainda se preocupe com tantas coisas fútil e cada um fica seu mundinho e pensando somente em si,tirando vantagem de tudo e de todos sem se preocupar com os outros, achando que isso nunca vai acabar e que nunca vai ter que prestar conta a ninguém e pior não fazendo nada para mudar e se regenerar.
E toda a incompreensão que tu tens
se dissolve no teu olhar de vacilo
Porque tu ama o fútil
e ignora o jubilo - de viver com a arte
Porque a arte é a falta de coisas
e a sobra de alma
a arte é tudo que eu te disse
e se encontra no nada
Minha alma já foi gigante
hoje já me toma
e toma a rédea do tempo
e brande
a arte da doma
abrange a fome da soma
Eu já fui calado
e continuo sendo
me acho na fenda do ferro
e amarrado
continuo lendo
vivendo
Apendendo com o que não aprendi
porque sou a soma do que fui
e sou nada que já vivi
Tu eres crente
na arte da mentira
e esqueces da mentira que vive
porque já se perdeu nas linhas que escrevi
já se perdeste nas mentiras que contou
já viveu nas linhas que eu morri
já mereceste o meu amor
Hoje tu merece uma vida
que se encontre onde foi perdida
porque a mentira tantas vezes contada
se transforma na verdade da tua morada
Siga bem
Siga firme
Não esquece da vida
da verdade
e do amor que ainda existe
A morte te espera
nem te confessa
porque não existe desculpa
pra quem ama
Não tenha pressa.
O ser humano é tão fútil, raramente enxergam a essência das coisas. Vêem apenas o que se encontra na superfície porque se negam a mergulhar e encontrar as riquezas que sempre estão guardadas nos lugares mais profundos, onde poucos tem coragem e privilégio de chegar.
Meu grito calado nas letras!
O padrão é ter carrão,
o padrão é ter iPhone,
futilidades,
a língua se engradece,
se ensoberbece,
gritando,
falando em altos tons,
eu tenho isso,
eu tenho aquilo,
e ninguém grita:
Eu não tenho amor!
Futilidades por aí,
todo mundo vê,
todo mundo sente,
todos consentem,
e ainda se gabam...
gritando também,
coisas dos comum,
coisas que para eles,
são considerados como padrão.
O povo,
a galera,
a moda,
quem espera?
a publicidade?
a propaganda?
a televisão?
a internet?
são as que injetam no cérebro
das pessoas este tipo de padrão?
Não sei,
só sei que a minha volta,
vejo o fútil tomando o lugar do útil...
Não queria escutar,
mas todos falam o tempo todo,
e se acham com os seus bens,
na verdade eu queria estar escutando o cantar dos pássaros,
mas estou numa grande cidade,
em que a futilidade tomou conta das pessoas,
o humano é considerado quase um reciclável,
e nas mentes das pessoas,
o padrão não é ser feliz,
e sim ser um chamariz,
com coisas empurradas pelas mídias.
A publicidade esta em todo o canto explicitando o que ela acha:
Pessoas comprem!
Pessoas adquiram o que vai te fazer feliz!
Pessoas vejam isto!
É algo extraordinário e que vai te fazer sentir-se realizado!
Tudo mentira!
Não caia na onda da futilidade,
seja um ser capaz de raciocinar o que é melhor para você,
cair no ordinário do dia a dia,
com coisas e mais coisas sem precisão,
tenha o necessário,
guie-se pela razão,
e segure a sua língua para não se ensoberbecer,
com coisas fúteis,
que na realidade são inúteis,
e que no máximo te mostram apenas como mais um,
qualquer um,
no meio de uma sociedade consumista!
Capitalista!
E por fim, selvagem!
Os pensamentos mais complexos
Qualquer coisa fútil
Forjando situações, tentando me enganar
Minhas ideias são loucas
E o dia seguinte..
Sou intensa as noites para mim são claras
Os dias são escuros
Troco a noite pelo dia..
Prefiro o escuro, e o silêncio..
..
¨mas em tudo que olho e vejo, se dá o meu amor...não fútil, mas libertador, não mesquinho, mas carinhoso e bondoso, não grosseiro e vil, mas atencioso e fiel, soberano em agradecimento, que eu entrego-te de todo o coração e alma, lembrando-te que és dono de mim, porque de mim, garanto, terás incondicionalmente, o amor, forte e corajoso, que não abro mão, és meu, e eu, sua...¨
