Fúria
Se não a conhecesse diria eu que ela é a própia fúria indomável dos fenômenos da natureza.
Ela é assim como as ondas do mar, que chacoalham pra lá... e pra cá... tentando fazer o pequeno barco do marinheiro afundar.
Ela é uma flor rara, porém, não são todos que param para observar e contemplar a beleza que se esconde por trás daquele olhar negros como uma noite sem luar.
Tempestuosa e espirituosa e diria que às vezes até um pouco teimosa, como os ventos de uma noite daquelas bem chuvosas.
Muitos a veem da maneira que quer, mas somente com o tempo ela vai se mostrando a menina mulher que realmente é.
Ela é profunda como o mar das histórias onde muitos desbravadores iam se aventurar e de lá jamais poderiam voltar.
Sorriso lindo como o céu infinito.
Cabelos negros como um céu estrelado daqueles dia de verão que marcam a estação.
Menina mulher que ao meu lado não precisa fingir aquilo que não é! Que está me deixando descobrir sua natureza indomável que não consegue se encaixar em moldes.
Pré-existentes que habitam na cabeça dessa gente.
Às vezes a rispidez de um grito, a deselegância e a fúria é mais honesta que um sorriso disfarçado de mentira, uma palavra em tom ríspido é mais sincera que um carinho fictício.
Esconder-se no porão, de vez em quando, é necessidade vital. Precisamos de silêncio e solidão, e, não, apenas os poetas. Senão, corremos o perigo de nos esvairmos em som, fúria e esterilidade. O campo para que a palavra se instale para o autor e para o leitor é o campo do silêncio e da audição.
(Em jornal 'O Tempo', 16 de outubro de 2010)
Nunca houve alguém tão corajoso e leal quanto você. Tenho pena de quem estiver no lado receptor da sua fúria.
Não adianta nadar contra a correnteza, chega uma hora em que você perde as forças, e se entrega a fúria do mar.
Titãs do som perfeito
A fúria do tempo estabeleceu um som,
Um som tão perfeito que estabeleceu gerações,
Obrigados a girarem em torno de sua injúria,
Ligado por rebeldia, raiva, melancolia e coragem insaciável,
Muitos tentaram impedir, impedir a proliferação perfeita de um som perfeito,
Som perfeito de instrumentos perfeitos,
Rife de guitarra, de uma guitarra com raiva, que acabou sendo estragada, arrebentada, mutilada,
Estragada, por um titã, o titã do som perfeito, de proliferação perfeita,
Enquanto nascem titãs de vozes perfeitas, do som perfeito, de proliferação perfeita, bandas variam de a á z, para variações perfeitas, de um som perfeito, de proliferação perfeita, estilos diferentes dentro de um som variado,
Com harmonia perfeita, de um som perfeito, de proliferação perfeita.
De onde vem o vento
Às vezes fúria
Às vezes dormente
Astuto a driblar montes, mas espúrio
Pois de alguma forma se faz presente
De onde vem o vento
A trazer saudades
Como numa maldade
Ainda há de nos deixar dementes
Vento, ventania
Nos coloca em sintonia
Tira essa agonia
Minha mente grita em disfonia
Um dia eu amei a fúria das suas palavras e a intensidade das suas ideologias. Amei você do início ao fim, e também todo o meio. Amei o arrepio frio que provocava na minha pele. Amei você bem mais do que devia, e bem menos do que podia. Amei as suas mentiras sinceras, e também as suas brincadeiras mais sérias. Amei o teu ridículo, pois até o ridículo em você era bonito. Amei quando os nossos olhares se encontraram pela primeira vez, mas odiei quando amei o desencontro deles também. Amei o seu tudo, e o seu nada. Eu amava inclusive a confusão que você criava no meu pensamento. Eu amei quando quis te odiar, mas odiei quando percebi que o meu destino mesmo era te amar. Eu te amei até mesmo quando insistia em não querer mais te amar.
Estou tão estilhaçada por dentro que abraço com a fúria de uma assassina desesperada toda e qualquer oportunidade de me ver inteira de novo.
A fúria vinha a galope, se podia escutar, mas a coragem avançava a passos cautelosos. Ambos os times se digladiariam até a morte. Razão e emoção em jogo, rivais. De repente, uma esperança apareceu...
Qualquer conflito verbal é completamente desnecessário.
Principalmente, quando a fúria se coloca à frente do ser humano.
Uma sensação pecadora
De beijos e laços
De fúria e abraços
O seu corpo junto ao meu
Dividindo toques e beijos
Sussurros e gemidos; ocultam
Palavras e gestos de amor
Saliva e suor se misturam
Num tempo infinito onde
A dor e o prazer nos condenam
A inocência no seu rosto esconde
O desejo expresso em seus olhos
Não adianta mais disfarçar
Eles me confessam
O que seu coração quer
Como um anjo caído
Procuro em você minha salvação
Sua carne, sua alma; na chama
Que arde e queima essa paixão
De tentações e perdições minha imaginação
Corre por seu corpo
Entre seus seios e suas pernas
Entre você e eu
Com seu olhar você me convida
Me atrai para sua armadilha
Tolo, eu me engano
Fúria fria do destino, intersecção te tudo, confusão das coisas com as susas causas e os seus efeitos, consequência de ter corpo e alma, e o som da chuva chega até eu ser, e é escuro.
Com espada em riste
galopamos pradarias
e lutamos ferozmente.
Por dois segundos e meio
tua fúria era louca que agarrei-me
em tuas crinas pra não cair na lama.
Mas o amor era tanto
e tanto era o prazer que quando fomos pra cama
não tinha mais o que fazer.
NÃO
O calor rasga a minha pele
O furor esgotado em trevas
Escorrega na fúria encantada da Eva
Um "NÃO" pode ser ao rasgar do véu
E abrir o sonho do Céu
Não pereça no abrolho
Não procure no quintal as farras
Não faz sentido agir às cegas
Não contamine ao filhote de Leão as garras
Não mistures o púlpito com álcool
Não procure amanhã no passado
Não respire o peixe no anzol
Não contamines Santidade ao pecado
Perdure o "Não" e perceberás que nada valeu
Presentes de memória comprei
Coração arrebatei, só que morreu
Mas não sei...
Sim!... O Não prevaleceu...
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