Fui
Na primeira vez que nos vimos, te beijei com os olhos, depois fui beijando em pensamentos, após um tempo finalmente me perdi nos seus lábios em longos e prazerosos beijos, hoje distante ainda te beijo, mas somente com minha alma!
Sergio Fornasari
Eu.
Eu busquei o que de melhor poderia encontrar.
Fui amado e talvez não consegui amar pois simplesmente não sabia o que era o amor.
Quando digo isso, esse tal amor que eu buscava é aquele que dedicamos a uma unica e especial pessoa.
Então cansado de procurar me sentei ao chão.
E no chão consegui ver as cicatrizes marcadas em meu coração, essas já não me incomodavam mais.
O que me fez levantar foi aquelas que deixei em outros corações.
Me arrependi é claro, mas arrependimento não justifica o mal feito.
E levantado segui em frente.
Caminhei em busca de redenção.
Contemplei o sol que me castigava.
Olhei a lua que me julgava.
Desejei as estrelas que eu nunca poderia tocar.
E numa sinfonia o vento me derrubou.
Caído ao chão eu chorei.
E chorando eu sorri.
Sorri pois descobri que a vida é bela.
Sorri pois descobri que sonhos são possíveis.
Me levantei novamente e me tornei um sonhador.
E sonhando caminhei por caminhos planejados e em meu caminho eu encontrei uma pequena que me disse "oi."
Rasguei então meus planos.
Me fiz gigante e respondi para aquela pequena que eu precisava apenas de sonhos e desejos.
Foi então que a vida transformou a pequena numa giganta que trilhou o caminho das estrelas que eu desejava para me encontrar e me dizer que eu era apenas um menino e que ela é a mulher que eu sempre em todos momentos pedia.....
Passando pelo tempo, fui avançando em idade e deixando cair todas as máscaras, as ilusões, orgulho. vaidade, prepotência e de mim só restou a essência, o milenar eu! E é exatamente isso, o mais puro de mim que tenho para ofertar a quem tiver a sensibilidade de perceber o valor que há nisso que ofereço!
Fui numa entrevista de emprego e perguntaram "Como você se define"? Deitei no chão e fiz umas abdominais, não entendi por que fui desclassificado.
Fui posto nas cordas por um amor sutil, que me encurralou no canto sem deixar espaço e saída. Ele é implacável e não adianta resistir, o que me resta é entregar os pontos pois o meu coração não resisti mais. O amor me venceu.
PALAVRAS QUE FEREM PALAVRAS QUE CURAM
Do alto de uma colina
Eu fui tecer um poema.
A vida em dor me ensina
O quanto temos problema.
Saí, busquei um refúgio.
Um outro ar quietude.
Queria ser bem mais ágil,
Seguir em melhor atitude.
Me faltam palavras corretas
Em momentos decisivos.
E ditas se tornam setas,
Ferindo os melhores motivos.
Será que um dia aprendo
Tratar melhor as pessoas.
Caindo, subindo, vivendo.
Agir e falar coisas boas.
Na dor nasce mais um poema:
Pavor, vazio e culpa.
Sem cor, a mais triste cena!
Não tenho e não dou desculpa.
Pois o que fiz foi errado
E muito mau, eu assumo.
Talvez, espero que um dia
Eu mudo, melhoro, me aprumo.
Mas sei que todo humano
Com seus defeitos, virtudes,
Pode vencer seu engano,
Falar mais solicitudes.
E enquanto ali escrevia,
Aqui o meu desalento,
Anúncio de morte eu ouvia.
Pensei, fiquei bem atento.
Sonhei com a própria morte
Daquilo que é mau em mim,
Tentando, em dor, ser mais forte.
Ter limpa a nódoa carmesim.
As manchas ficam bem grudadas
Em nós e em quem maculamos.
Remédio em porções acertadas
A cura, sarar, que as tomamos!
É muito bom se ter amigos
Que ajudam curar suas feridas.
Nos ouça os gritos e os rogos
E as dores, enfim, repelidas.
Mas sei tem alguém lá em cima
Que pode e sempre olha por nós.
A minha fé nele se atina
Com ele não estamos sós.
E antes que à colina fosse
Pensei e ensaiei alguns versos
Pra quando de lá então saísse
Pudesse alinhar-me aos processos.
As coisas que devo falar
Pra não ferir nobres pessoas.
Entenda, pois até um poeta
Não fala só as coisas boas.
Derrama em letras seus erros
Da dor, tristezas e alegrias.
Têm altos e baixos, uns morros
Sim leia, veja a serventia.
Poema que escrevo à grafite
Borracha precisei usar.
Na vida a coisa é mais triste.
Palavras não podem voltar.
11/01/2015 editado às 13h03
O SEQUESTRO
Após o sequestro fui roubado.
Levaram-me a vontade de escrever.
As rimas.
Os versos.
O poema da poesia.
Dureza foi ver a inspiração
Sendo carregada sem dó.
Eu que a preservava tanto.
Mas eles, pra meu espanto.
Consumiram-lhe em uma vez só.
Meu último poema
Foi arrastado ainda inconcluso.
Puxaram-no pela perna.
Ainda estava tão frágil,
Tinha versos pela metade.
Sem título definitivo.
Não entendo tal maldade.
Um bebê em gestação.
Rodando pela cidade.
Que ato de crueldade!
Não existia motivo.
A maior atrocidade.
Nunca saberei a razão.
Despi-me de vaidades
Pra fazer o pedido de prisão.
Por favor, prendam estes bandidos.
Eles foram muito ousados.
Levaram um poema inacabado.
E mantiveram o poeta silenciado.
Pensando por outro lado,
Talvez nem sejam tão culpados.
Eu tenho sido descuidado,
Ando muito distraído
Melhor perdoar estes indivíduos.
agora não era mais nada
fui ladra de dois corações
um era desprezo, inteira confusão
outro fui ternura morte sem paixão.
Senti sua falta.
Fui até o bairro Campo verde,
Conversei com pessoas,
Mas, ti estava em minha mente.
Meu coração bateu forte,
Olhei pro horizonte, vi brilho seu,
Isto apenas meu pensamento fortaleceu.
Durante esta saída , volta,
Algo incomodava,
Via muitas flores lindas,
Cada uma era bem parecida com sua fisionomia.
Acredite até o cabo dela se corpo parecia,
Veja, sinta, perceba, diferenciada sinta,
Porque ?, simples és mulher mais linda,
Se ! vejo, no seu olhar é difícil não sentir nada,
Queria, quero, adoraria por ti ser amada
NÃO, NÃO QUERO IR AGORA,
NÃO, NÃO QUERO IR EMBORA,
NÃO, NÃO FUI AINDA RENDIDO,
NÃO ME DAREI POR VENCIDO.
ENQUANTO EU VIVER,
MEU CORAÇÃO BATER,
AINDA POSSO CRER,
A MUITAS COISAS A FAZER.
AINDA NÃO É HORA,
NÃO IREI EMBORA.
NÃO, NÃO FUI AINDA RENDIDO,
NÃO ME DAREI POR VENCIDO.
TENHO QUE CRESCER,
TENHO TANTO O QUE VER,
NÃO DEIXAREI SER ESCOLHIDO,
ENQUANTO EU NÃO TIVER VIVIDO.
Nunca fui de falar muito, e sempre detestei gente que fala demais. Eu sou a pessoa mais solitária e mais feliz que eu conheço. Aliás, as discussões mais longas que eu tive na minha vida foram falando sozinho...
Há alguns dias reencontrei um grande amor. Fui pego no laço, não estava esperando esse choque frontal.
Relação de longa data, mas de consistência duvidosa que, como as ondas do mar se embolam, entre idas e vindas se enchem e deságuam deixando lembranças cravadas na areia da praia.
Sabe aquele que te rouba o ar e lhe coloca no peito uma bomba relógio? Que lhe deixa um pano úmido nas mãos e percorre um seco dos lábios ao fundo da garganta? Pois é, um desses.
Amor modesto, secreto, mas ainda assim meu ponto fraco.
Quando nos vimos o tempo explodiu misturando no espaço o passado e o presente. E naquela euforia angustiante, com a voz engasgada, apoiado num caco de tempo que pude encontrar, me indaguei: “declarar meu amor reprimido ou esperar que uma onda embolada me crave na areia da praia?”.
Sinceramente eu nunca fui do tipo que aceita o que a vida dá, sempre fui lutar e ir atrás do que eu quero da vida.
Quebrei-me para aprender a concertar-me,
Fui ferida, mas vai sarar,
Vai passar, afinal tudo na vida passa.
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