Fui
Eu não fui capaz de ter 1% do seu coração.
Um ato desesperado de querer continuar com você.
Deu errado, eu sei, você aceitou a despedida,
Indo embora sem fazer questão de saber.
Não quero joguinhos, não quero que corra atrás,
Mas queria que você mostrasse interesse,
Que fosse recíproco com tudo que eu falava.
Seu coração é blindado, eu não te julgo,
Eu também queria ser assim, ter um coração que ninguém pudesse entrar.
Por muito tempo eu me blindei com as pessoas,
Mas com você foi diferente, chegou e só disse um oi, tudo bem?
Eu me apaixonei sem ao menos raciocinar.
Muitas das coisas que você falou aquela noite anterior
Feriram meu coração, e eu não pude continuar deixando,
Foi dolorido.
Mandei o áudio, dizendo tudo que passava em minha cabeça,
Foi difícil, mas eu tive que ouvir a razão.
Você falou que nunca iria namorar, que não está na vibe,
E eu respeito, eu entendo, por isso eu abro mão dos meus sentimentos.
Fiquei 12 minutos contados, carregando o áudio para poder te enviar,
Parece que alguém dizia "não manda esse áudio".
A internet caiu, e nada carregava,
Mas eu estava determinada em mandar, em te dizer tudo que a razão mandava.
Foi doloroso criar coragem, pegar o celular e dizer,
Palavras vazias, ditas sem sentido
Cada palavra que saía da minha boca, um pedaço de mim diminuía.
Mas tudo bem, eu não vou te perturbar mais,
Desejo que você seja feliz, com alguém que você goste de verdade.
Você é uma pessoa maravilhosa, merece tudo de bom,
Eu queria ser esse tudo de bom, mas não fui capaz.
Deixa de ser teimosa, é muito bom amar,
É muito bom se apaixonar, é muito bom se entregar.
Só seja feliz!
Houve um dia em que eu acordei fui tomar o café do dia anterior e ele estava frio, esquentei o café e percebi que ele não era mais o mesmo.
Essa frase não tem nada haver com o café; Isso é sobre amor quando o amor esfria não adianta querer esquentar ele não vai ser mais o mesmo e vai queimar o seu coração assim como o café queimou a sua língua.
- Aquilo fez o tempo parar dentro de mim, fui sequestrado por uma presença que não era minha, e ao ouvir aquela frase, eu senti algo que jamais sentira antes. Seja qual for a mensagem que o destino queira me entregar, eu simplesmente fechei meus olhos e a abracei. Abracei como se não houvesse o instante seguinte, como se o sutil toque do relógio parasse, e como se aguardasse meu suspiro para dar sua badalada seguinte, sua resposta, ali parados, envoltos, foi também a minha.
Eu voltei pra casa. Eu fui embora.
Era 17 de fevereiro; de outubro.
Tudo tão bom,tão perfeito; será que ainda dá pra consertar e colocar tudo no lugar?
Que paz imensurável; não aguento mais pensar nisso
Amizade mais que perfeita; se eu soubesse,não esperaria por sua volta.
Eu quero viver pra sempre aqui; nunca pensei em querer abandonar tudo.
Pra sempre eu e você; não tenho mais você por perto.
Cada ferida que carrego é prova de que não fui derrotado. Pelo amor de Cristo, sou mais que vencedor, e nada pode mudar isso.
Eu fuide moto, meu cavalo de ferro,
e no meio da estrada, vi o impossível nascer.
Um olhar tímido, um gesto pequeno,
um toque que fez o mundo desaparecer.
A Sombra me acompanhava em silêncio,
meu coração batia como nunca antes,
foi a primeira vez de tantas coisas,
foi a única vez em que acreditei de verdade.
Ela me envolveu em promessas suaves,
em carícias que pareciam eternas,
me pediu que não desistisse,
e eu, cega, me entreguei inteira.
No ponto médio de uma fazenda distante,
a Sombra se fez real diante de mim,
e naquele instante pensei:
"talvez seja aqui que eu finalmente existo".
Mas a Sombra nunca pertenceu à luz.
Ela sempre esteve fadada a desaparecer
quando o sol da verdade surgisse
e revelasse o vazio que escondia.
Hoje caminho entre ruínas,
abraçada ao silêncio que grita.
A Sombra que amei se desfez,
restou apenas a ausência fria.
Me apaixonei por uma Sombra.
E como toda Sombra,
ela partiu antes que eu pudesse segurá-la,
deixando em mim apenas a noite eterna.
Na escuridão que ele deixou,
eu também deixei de existir.
Sempre fui porto seguro, mas a galera curte mesmo é mar revolto. Então demorô: quem quiser atracar aqui vai ter que saber remar no compasso.
#sambaeumabrejagelada.
Depois de fazer suco de caju
E ver os vizinhos bebendo e dizendo “humm”
Fui na casa da dona Biá
As crianças jogavam bola
E fui lá jogar
Depois nós jogamos no Rio
E a vida tinha cara de infância
Voltei para casa molhado
Encontrei com o Geraldo
Sentado no chão me falou
“Estamos felizes que Deus para cá vocês enviou”
Ele foi o primeiro que se reconciliou
Cada dia é uma mistura
De rotina com “magia”
De tarefas
Com poesia
O CÓDIGO DAS APARÊNCIAS, A ELEGÂNCIA DO VAZIO
Nunca fui eu quem viu o mundo de um jeito errado. Foi o mundo que se acostumou a olhar torto e chamar de normal o que o desnutriu.
Sempre observei com calma e clareza as vaidades humanas, essa fé cega nas aparências, esse culto ao tecido, à marca, aparência cara.
Percebi cedo que o tratamento muda conforme a roupa.
Se estou de acordo com o figurino, sou tratado como alguém digno de escuta.
Mas basta vestir o que é confortável, o que é meu, e já sou confundido com alguém menor, sem valor.
O traje é um passaporte social.
Quem veste o uniforme da convenção entra. Quem veste a própria pele é barrado na porta.
O mais curioso é que os mesmos que exigem elegância não conseguem enxergar educação no olhar sincero, nem grandeza em um corpo simples.
Confundem brilho com valor, perfume com virtude, mentira com sabedoria.
E nessa inversão de sentidos constroem o vazio que os engole e consomem seus filhos, vendem status, compram aprovação e chamam o aplauso de propósito.
Tristes dos que vivem da casca, só percebem o abismo quando o chão cede, e o chão sempre cede, porque foi feito de vaidade.
A sociedade adora o disfarce.
É por isso que respeita quem finge e rejeita quem sente. O código das aparências é a religião do vaidoso, onde o espelho é altar e a consciência é silêncio.
Mas há quem se negue a ajoelhar.
Há quem saiba que a roupa não sustenta caráter e que o corpo, por mais enfeitado, não abriga verdade alguma se a alma estiver ausente.
Não é rebeldia, é lucidez.
A roupa que visto não muda o que sei.
A aparência que esperam não define o que sou.
O mundo pode continuar se engomando, eu sigo sendo humano.
Prefiro o desconforto da autenticidade ao conforto de uma farsa bem passada.
Porque, no fim, o corpo fica, a roupa apodrece, e o que resta é o que ninguém viu, a dignidade que sustentou o silêncio, a verdade que não precisou de terno e a coragem de não caber no falso figurino.
Daqui não se leva nem o corpo, muito menos a fantasia.
ÚLTIMO TURNO. 2
Cheguei cedo, saí tarde.
Fui sombra no chão da fábrica.
Fui número, fui carga, fui alarde
De um sistema que nunca abriga.
O último turno não tem luz,
Só o som da máquina que não dorme.
O suor que escorre e me conduz
A um fim que nunca se conforma.
Não há aplauso no meu adeus,
Nem lembrança no meu lugar.
Só o vazio que me fez
E outro corpo pra ocupar.
Mas sigo, porque parar é cair.
E cair é deixar de existir.
Jerónimo Cesarina
Por muitas vezes fui julgada injustamente, isso me gerava agonia na ânsia de revelar a verdade. Até que perguntei pra Deus, se deveria contar o meu lado da história!? E já no silêncio do meu coração, Ele disse pra que eu acalmasse, pois Ele é quem me justifica.
Não cheguei pronto, mas fui forjado pela disposição. A vida me obrigou atravessar por tempestades, mas aprendi que meu espírito é o mastro mais forte.
Eu apenas eu
Eu já fui humano um dia
Queria ser feliz
Hoje não me faz sentido
O que um dia eu quis
Fui alguem que sentia
Que expunha o coração
Em forma de poema
Sem entar em contadição
Tinha ideias invadoras
A respeito de relações
Pego me um dia
Enrrolado em contradições
Não importa as palavras
Eu só quero paz
O mundo vai te engolir
Não importa o que você faz
Só para elucidar
E apenas formas de me proteger
Não sou revoltado com o mundo
Só não quero me constranger
Pensando mais profundo
Com a atual legislação
Nao creio esse mundo
Seja luga pra eu viver
Talvez um dia eles entendam quem eu fui de verdade, mas até lá sigo sendo silêncio para quem nunca quis me ouvir.
