Fugir dos Sentimentos
Foi quando me deparei: a realidade cobriu-me naquele instante, como um véu que cobre objetos e os reduz a nada, senão simples formas. Os vultos me cercavam, e um silêncio ensurdecedor ecoou nos meus ouvidos. A existência, antes anestesiada pela minha tentativa inútil de esquecer-me ou até fugir dela, penetrou-me aos olhos: já não enxergava mais nada. O breu tomou conta de minha visão, e ali já havia entendido — e, certamente, foi o estopim da fatalidade que me poderia ocorrer. Não poderia fugir; como conseguiria, se já não me havia forças para correr, muito menos direção para guiar-me? E, se os tivesse, alcançando o topo da colina mais alta e mais distante de todas, como poderia fugir de mim mesmo? Como poderia fugir da angústia que tomou completamente meu corpo naquele instante? A única coisa que poderia fazer era olhar fixamente para o nada, assim como olho para mim no espelho pelas manhãs. Sem escapatória, era apenas uma alma passando frio, ao lado de tantas outras vestidas, combinadas e esquentadas pelo calor de suas vestimentas: seus corações, que palpitavam ferozmente ao contato dentre tantas outras parecidas, enquanto o meu já não tinha forças para viver. Meu coração estava num imensurável inverno congelante, sem previsão de essência: espera-se, somente, a morte por hipotermia.
Flor amarela
Ela nasceu pequena, frágil,
um ponto amarelinho em meio ao verde,
sem saber que, um dia, teria força
para afastar quem não sabia receber amor.
Tão simples, tão delicada,
mas cheia de força para enfrentar o sol impiedoso,
a chuva que chega sem aviso,
e até mesmo mãos que não sabem segurar sem ferir.
Por dois dias, ela ocupou a mesa,
envolvida em gestos de afeto,
mas seus tons amarelos foram recebidos como afronta.
Havia quem não soubesse enxergar beleza,
quem temesse o toque leve da ternura,
quem não suportasse a simplicidade do cuidado.
A flor amarela, sem dizer nada, revelou tudo.
Fez fugir aquele que não sabia ficar.
E talvez esse seja o seu maior poder:
não apenas embelezar um jardim,
mas também separar o que floresce
do que nunca poderá brotar.
Alfétena II - Fuga
É a verdade que devoro ou talvez o tempo, quem dirá?
Sou uma prisão da qual não posso escapar!
E, caso fosse possível, para mar ou além?
Em um mundo de tão pouco, há de considerar-se a pena.
Fugir
Forte são as partidas
Um dia amei você
Mas tivermos que fazer o fácil
Ir embora, cada um seguiria seu caminho.
As vezes...se calar e fugir de certas ocasiões, não é covardia, mais sim estratégia de guerra... às vezes.
Quando nos deparamos com situações difíceis, é muito fácil correr e dar as costas na tentativa de fugir, porém se encararmos bem de perto e levarmos com coragem, o problema começa a diminuir considerávelmente.
Existe o idiota, o meio idiota e o idiota e meio, fuja dos três, porque, se não se tornará um deles... eles são bons em fazer amizades.
Sabe porque as pessoas viajam? Para fugir de si mesmo.
Fugir pra onde? Se tudo vive dentro!
O mundo não está fora de você. Onde você vai, sua mente e coração, vão juntos!
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