Fuga
"O inverno” chegou, ele sempre chega. A noite chega mais cedo,Traz chuva, traz fuga, traz frutos , traz paz… A ausência de calor vem…E eu que sempre tive as extremidades frias , busco minhas meias, e com elas tenho não só os pés , mas a alma aquecida… Os lençóis e as meias coloridas são companheiros inseparáveis , cobrem meu corpo, minha alma, diminuem toda a entropia…Eu , animal homeotérmico, ou não seria tanto assim? Às vezes fujo de mim, fujo de quem é fugaz, mordaz… Prefiro os sonhos, prefiro a Pasárgada de Manuel… Não , não sou aquela que sou, nem sou quem eu fui, nem o que serei… Em verdade, em verdade te digo, já não sei mais! E tudo segue na mais completa “paz”... Nunca é tarde demais….
Fuga
Dos amores que eu fujo
Dos amores que eu sigo
Qual é o melhor pra mim?
Juro que não sei, não consigo
Aquele que me faz bem
Ou o que traz desatino
O que eu penso que tá certo
Ou que está no meu destino?
Será que destino existe?
Bate forte, inflama, persiste
Quem pode afirmar, saber?
Destrinchar, ver, perceber
Esse é o grande dilema
Questão, situação problema!
SOBRE ADIAR O SEU REENCONTRO
O cuidado demasiado com o outro
Pode ser na mesma medida
Fuga de si
Por vezes... o peso nos ombros da demanda alheia
É mais suportável
Que a carga pesada do cuidar-se!
E sobre o autocuidado
Adiar pode parecer viável paliativamente
E é ilusão que se cria
Pois o que não dá pra se evitar
É vivenciar esse encontro um dia!
Quem sofre por antecedência tem crises das quais jamais existiriam, se não fosse sua fuga do agora.
Finalmente, sem fim, sem saída, sem fuga, sem despedida, eu te busquei, te encontrei, te acolhi, te desvendei no LABIRINTO, mui fascinante, dentro de mim.
"A arte de fantasiar não é uma fuga da realidade, mas um retorno criativo a ela, transformando o ordinário em extraordinário."
Sou mistério e desejo em forma de caos.
Feita de excessos, de fogo e de fuga.
Amo no limite, como quem queima e se consome,
e parto no auge, antes que a calma me alcance.
Deixo rastros — perfume, lembrança, vertigem.
Sou o encanto que inquieta, a ausência que arde.
Não nasci pra o morno, nem pra o quase.
Sou intensidade disfarçada de calma…
Faz uma loucura por mim.
Decifra-me, me lê nas entrelinhas,
descobre o que me acende,
decora meus silêncios e meus gestos,
e depois — me surpreende.
Não quero promessas, quero arrepio.
Não quero certezas, quero desejo.
Sou o mistério que te desafia,
a calmaria antes do incêndio.
Se tiver coragem… me desvenda.
Sou mistério e desejo em forma de caos.
Feita de excessos, de fogo e de fuga.
Amo no limite, como quem queima e se consome,
e parto no auge, antes que a calma me alcance.
Deixo rastros — perfume, lembrança, vertigem.
Sou o encanto que inquieta, a ausência que arde.
Não nasci pra o morno, nem pra o quase.
Sou intensidade disfarçada de calma…
e se quiser me alcançar,
faz uma loucura por mim.
Dia
Fisga no peito o som da concha,
Serpenteia o ser na aurora.
Da fuga – desespero;
Da fisgada – refúgio;
Da penumbra – assombro;
Do escombro – reencontro.
Lá fora a chuva e o girassol
No olhar o brilho do sol
E todo um amarelo de náusea.
No óculos gotículas de lágrimas
E todo um papel vazio.
Sem poema,
Sem prosa…
O nada.
Fuga
É simples e simplesmente esplêndido a nossa forma de eternizar amores, reviver a mesma paixão, sermos melhores para o outro e assim, para nós mesmos.
Nessa luta incansável contra o tempo, precisamos entender que somos responsáveis pelos rumos de nossas vidas, decidirmos com cautela e parcimônia os direcionamentos dela, somos feitos de amor e sempre seremos amor, se assim quisermos.
Porque ao passo que passamos por tantas coisas, tantas lutas, tantos “eus”, nunca poderemos fugir de nós mesmos…
