Fuga

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O amor surge para humanidade
como idéia de fuga ao sofrimento.
Como é ingênua a humanidade,
pois ele é a camuflagem básica do desespero.

Primeiro foi a fuga ;achei que me escondendo escapava dele.Foi inevitável,sem querer,inesplicável,foi maior que eu,maior que tudo que ja tinha vivido e presenciado.Chegou o Amor e criou raízes pela minhas entranhas e ocupou minha alma.Não dei conta de fugir,não podia negar,parei de resistí,achei que se não resistisse não persistiria.achei que Amar podia ser via de mão única,que seria capaz de amar sem querer nadaem troca e de volta.Tinha um brilho nos olhos diferentes,uma alegria e uma coragem vindas não sei de onde...Intimamente sempre sonhei e tive esperanças...,mas passou 1 dia,um mes,um ano.,outro ano...E o tempo não parou para que eu não sofresse.Muito tempo fiquei nessa,chorei;noites em claro e dias de angustia.E o riso farto começou a sumir,a esperança virou desespero.Descobrí que Amar não é mão única,mas via dupla.Que certas horas voce precisa do outro ao seu lado, de seu colo,abraços e palavras de carinho...e começou outra fase de se recompor,como um quebra cabeças ,onde voce procura partes suas ,perdidas e misturadas no jogo da vida.E se pergunta serei o mesmo?terei crescido?valeu amar assim?ficaram mágoas,mas ficaram lembranças boas e por algum momento foi tudo o que se sonha e quer da vida- Amar e ser amado-.

Falar de teatro é falar de paixão é falar de fuga é falar de uma vida que você pode dominar todas as situações e cenas, um dia ouvi dizer que a arte imita a vida, mas hoje eu poderia dizer que a vida a gente apenas viver, mas a arte... Ah a arte a gente muito a mais que vive a gente inventa e reinventa e degusta cada segundo, com certeza o palco é muito melhor que a vida real.

Por fuga,
volúpia,
almejo,
ou desejo,
Todos tem
o mal e o bem,
dividindo a mesma cama
seja com quem se ama,
ou, apenas por grana.

O ser humano é grão-mestre do escapismo e da fuga e sempre tenta jogar sobre os outros e sobre fatores externos a responsabilidade de seus atos. Seja o deus que levou sobre si os pecados do mundo, as obsessões, o meio, a criação, a presença ou a ausência dos pais, a culpa, a falta de oportunidades ou a maldade do mundo, justificativas não faltam para as pessoas se lambuzarem como porcos em seus erros e defeitos.

Os fracos preferem a fuga, deixando os companheiros em meio a batalha. Porém, os valentes lutam até não terem mais forças em seus braços. Esses por sua vez, terão seus nomes eternizados como mártires.

Fuga inútil é aquela quando se evita saber o que uma pessoa tem para nos dizer ou pensa a nosso respeito, mas que no fundo está muito claro para nós sem que a mesma tenha dito uma palavra.

A fuga tem dois perfis - a necessária e a covarde. Em ambos os casos, o medo é o seu grande aliado, inclusive, quando se trata dos primeiros movimentos do amor

A Irreparável Fuga do Tempo

Justamente aquela noite iria começar para ele a irreparável fuga do tempo. Até então ele passara pela despreocupada idade da primeira juventude, uma estrada que na meninice parece infinita, onde os anos escoam lentos e com passo leve, tanto que ninguém nota a sua passagem. Caminha-se placidamente, olhando com curiosidade ao redor, não há necessidade de se apressar, ninguém empurra por trás e ninguém espera, também os companheiros procedem sem preocupações, detendo-se frequentemente para brincar.

Das casas, a porta, a gente grande cumprimenta-se benigna e aponta para o horizonte com sorrisos de cumplicidade; assim o coração começa a bater por heroicos e suaves desejos, saboreia-se a véspera das coisas maravilhosas que aguardam mais adiante; ainda não se veem, não, mas é certo, absolutamente certo, que um dia chegaremos a elas.

Falta muito? Não, basta atravessar aquele rio lá longe, no fundo, ultrapassar aquelas verdes colinas. Ou já não se chegou, por acaso? Não são talvez estas árvores, estes prados, esta casa branca o que procurávamos? Por alguns instantes tem-se a impressão que sim, e quer-se parar ali. Depois ouve-se dizer que o melhor está mais adiante, e retoma-se despreocupadamente a estrada. Assim, continua-se o caminho numa espera confiante, e os dias são longos e tranquilos, o sol brilha alto no céu e parece não ter mais vontade de desaparecer no poente.

Mas a uma certa altura, quase instintivamente, vira-se para trás e vê-se que uma porta foi trancada às nossas costas, fechando o caminho de volta. Então sente-se que alguma coisa mudou, o sol não parece mais imóvel, desloca-se rápido, infelizmente, não dá tempo de olhá-lo, pois já se precipita nos confins do horizonte, percebe-se que as nuvens não estão mais estagnadas nos golfos azuis do céu, fogem, amontoando-se umas sobre as outras, tamanha é sua afoiteza; compreende-se que o tempo passa e que a estrada, um dia, deverá inevitavelmente acabar.

A um certo momento batem às nossas costas um pesado portão, fecham-no a uma velocidade fulminante, e não há tempo de voltar.

Será então como um despertar. Olhará à sua volta, incrédulo; depois ouvirá um barulho de passos vindo de trás, verá as pessoas, despertadas antes dele, que correm afoitas e o ultrapassam para chegar primeiro.

Ouvirá a batida do tempo escandir avidamente a vida. Nas janelas não mais aparecerão figuras risonhas, mas rostos imóveis e indiferentes. E se perguntar quanto falta do caminho, ainda lhe apontarão o horizonte, mas sem nenhuma bondade ou alegria. Entretanto, os companheiros se perderão de vista, um porque ficou para trás, esgotado, outro porque desapareceu antes e já não passa de um minúsculo ponto no horizonte.

Além daquele rio — dirão as pessoas —, mais dez quilômetros, e terá chegado. Ao contrário, não termina nunca, os dias se tornam cada vez mais curtos, os companheiros de viagem, mais raros, nas janelas estão apáticas figuras pálidas que balançam a cabeça.

Então já estará cansado, as casas, ao longo da rua, terão quase todas as janelas fechadas, e as raras pessoas visíveis lhe responderão com um gesto desconsolado: o que era bom ficou para trás, muito para trás, e ele passou adiante, sem dar por isso. Ah, é demasiado tarde para voltar, atrás dele aumenta o fragor da multidão que o segue, impelida pela mesma ilusão, mas ainda invisível, na branca estrada deserta.

Ai, se pudesse ver a si mesmo, como estará um dia, lá onde a estrada termina, parado na praia do mar de chumbo, sob um céu cinzento e uniforme, sem nenhuma casa ao redor, nenhum homem, nenhuma árvore, nem mesmo um fio de erva, tudo assim desde um tempo imemorável.

Dino Buzzati
Livro: O Deserto dos Tártaros

Ir adiante não é a fuga do presente, mas ofensiva contra ele. O “eterno agora”, superado contra o caminho percorrido, acontece dentro de nós.

Fuga

Eu tenho um mundo só meu, construído nas profundezas do meu eu, dos meus mais puros sentimentos, um lugar que ninguém além de mim é capaz de chegar. Nos dias em que tudo fica escuro é pra lá que vou, e como criança assustada me escondo do mundo sob a sombra protetora de minhas roseiras brancas.

Acredito que a maior falta de respeito seja a fuga ao diálogo. É óbvio que as divergências existem, mas o debate serve para isto, para colocar o limite das aceitações próximas da fronteira, sem ultrapassar. É como ter medo do mar sem nunca o ter conhecido. Só saberemos a diferença entre terra e mar, quando chegamos ao limite da areia com a primeira onda.

⁠Não usa as pessoas como rota de fuga.
Não faça de quem realmente te respeita e considera importante uma segunda opção.

⁠"A fantasia de um amor irreal pode ser uma fuga momentânea, mas é essencial encarar a realidade para encontrar um amor verdadeiro."

⁠A busca é diferente da fuga. Quem busca age, quem foge se esconde.

A educação é a porta, para a fuga, de todas as mazelas da vida.

(...)a questão ébria surge para muitos e um momento de fuga apresenta-se enquanto possível. Possível. A possibilidade em um momento.

⁠Para quem tem raíz profunda;
asas são liberdade,
e não fuga.

A fuga de ti próprio é deixar a alma à mercê do corpo e do mundo.

Freud dizia que as drogas proporcionavam uma sensação de fuga da realidade. Mas quem precisa de drogas quando se existem livros?