Frases sobre poesia
geologia
essas minhas linhas
da mão
me dizem que nasci
sem sorte
pro amor
a linha do coração: uma trilha
entrecortada descontínua atravessada
andarilha
seguem até o meio da palma, aos buracos
aos tropeços, ainda que sem pedra
no caminho
do médio
ao indicador
como se o abismo
fosse apenas
um vão entre os dedos
Ao te encontrar, amor
Perderei o meu lar
Não sei onde estou
Quero me encontrar
Ao teu lado, dor
Perderei-me no meu mar
Quem sou, não sei
Quero me encontrar
Sem um barco,
Quero remar
Sem um par de asas,
Quero voar
Sem a certeza,
Quero te amar
Amor, estou perto
Estou perto de te alcançar
Perder-me-ei por completo
Para assim me encontrar
Ela é como uma chuva de primavera...
Delicada...
Gélida...
Silenciosa...
Melancólica...
Eu sou como uma tempestade de verão...
Efêmero...
Abrupto...
Fúlgido...
Turbulento...
Mas somos chuva...
A mesma essência...
A mesma natureza...
Como almas gêmeas...
Derramando gotas de amor...
Nesta noite escrevi...
Os versos mais tristes...
Escrevi seu nome...
Nas chamas...
Escrevi seu sobrenome...
Nas cinzas...
Escrevi seu número de telefone...
Nos cacos de Vidro...
Escrevi seu endereço...
No nó da corda...
Mas seu "te amo"
Esse escrevi no ponto final.
Poeta Solitário
VIVA
Uma pessoa, um ser
Uma alma que habita em você,
Se não souberes viver
A melhor opção é aprender,
Pois se morreres
Os teus amados, ficaram para traz.
Sem nada,
Sem amor,
Por isto, eu o digo,
Aprenda a viver,
Pois se morrer,
Serás mais um sem vida,
Mais um sem valor...
( Meu primeiro poema ) 02-08-2010
SEXTA FEIRA SEIS
Á essa altura, O sol nasce
Já é hora de ir..
Não há seguranças ?
Desce elevador !
oito menos cinco
Se despedir
Sem infrações
Lembrarei desse nome
Sentir á essência
E sorrir pela memória
Suspiro á minha omissão
Do ser ingênuo
Quem crê nessa trama?
Da mais linda do hotel
A garota das tulipas douradas
pacote
... cada ruga, um poetar do tempo. Envelhecer é o embrulho do viver. Use papel da gratidão, assim, terás mais o que ser... do que só se ver.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
20/10/2019
Cerrado goiano
copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
Milhares de passageiros
Milhares de passageiros
Com suas vidinhas insignificantes
Com um amor insignificante
Com amigos insignificantes
Chorando por suas vidinhas,agora
Levados um a um a guilhotina
Para um rei adora-te
Seu intrometimento infantil
Um rei cruel e mau
Alguns temem sua volta
Se voltar
Um rei mimado e mal
Preparem minha filha para a vida
Se eu morrer de avião
E ficar despegada do meu corpo
E for átomo livre lá no céu
Que se lembre de mim
A minha filha
E mais tarde que diga à sua filha
Que eu voei lá no céu
E fui contentamento deslumbrado
Ao ver na sua casa as contas de somar erradas
E as batatas no saco esquecidas
E íntegras.
Felizmente.
Somos todos diferentes. Temos todos
o nosso espaço próprio de coisinhas
próprias, como narizes e manias,
bocas, sonhos, olhos que vêem céus
em daltonismos próprios. Felizmente.
Se não o mundo era uma bola enorme
de sabão e nós todos lá dentro
a borbulhar, todos iguais em sopro:
pequenas explosões de crateras iguais.
Foi?
Foi...
Enaltecer o ganho
Abrandar o nórdico
Esclarecer o sóbrio
E engrandecer-se no pódio.
Claro?
Claro...
Não quero dizer
Audaz, vou fazer
Até as portas colapsar.
Ok?
Ok...
Acho que já é o suficiente
Digo mais, vou atrás ferozmente
Digo mais, cala-te.
Se não cair, eu faço cair!
Acredito que o amor exista movendo mundos mas que não se movimenta no meu. Nas histórias de princesas salvas da morte por épicos príncipes em cavalos muito ligeiros, sempre acreditei mais nos cavalos. Os cavalos são a força e a celeridade. Os cavalos são os verdadeiros heróis.
Isto que acabei de dizer não é uma conclusão — é uma mão no peito.
Tragediazinha
Cansou-se da eterna espera
o morno amor chove-não-molha
e retirou seu cavalinho
da chuva peneirando lá fora.
Casou-se com a igreja
o fogão a máquina de costura
e recheou os frios dias
de tríduos e novenas
biscoitos bolos rendas.
Mas na calada da noite
no recato escuro
ainda embala o velho sonho
de um amor absoluto.
Tem gente que só faz conta
e a contar não canta...
Tão pouco, se encanta.
Vive do dia a perder os créditos
e no seu findar,
a lamentar seus débitos.
Pobre alma que apenas
recorda as sementes sufocadas
em seus dias gris.
Não estar a viver
o seu grande presente,
este momento
que é o agora,
que foi embora
e sequer viu...
entre noites
melancólicas,
ruas sem saída,
dia após dia
cultivando a ferida
aberta,
custou-me,
nuvens
perdidas,
passeios
só,
suor a contragosto,
frio,
no fundo do poço,
raiva cobrindo
o corpo
todo,
contas a pagar,
falta de ar,
febre amarela,
febre do rato,
tifoide,
deixando de lado
o amor
(sopro
cosmo
humano)
disenteria,
erros calculados,
a poesia?
Palavras também são atitudes,
Quando ditas com todo o sentimento.
Os olhos refletem a luz do seu coração
Que grita para as suas razões
Que insistem em ignorar...
Que os caminhos da felicidade
Somente serão percorridos,
Quando surgir a verdade com boas ações.
Fazendo de cada dia um amor eterno
Com poesia, paz e tranquilidade.
Foi sempre eu, a me esquivar
Foi sempre eu, a correr de ti
Nunca tive coragem de tocar
Nunca tive coragem de te sentir
Quando o mais perto cheguei
Quase desfaleci.
Não vi nada em minha frente
Corri pra bem longe de ti.
Não se pode tocar um Deus
Ou algo assim semelhante
O que é proibido na terra
No céu te vejo distante.
(II) - O farol
Quando minhas mãos alcançaram a costa,
O mar tentou me tragar
Mas você me guiou como um farol,
De alguma forma graças a tua luz
Me aproximei cada dia mais
Por agora, toda vez que avisto o farol
Eu fecho os meus olhos...
imagino a felicidade com teus contornos
E pela primeira vez, sei quem realmente sou neste mundo.
Tu que acreditas que o tempo é o herói das mágoas vede bem que ele talvez seja o vilão de todas as coisas. Esperas que tudo se resolva e perdes o pouco que deverias tu agarrar. Lembra: Mesmo o relógio, que dele conta as histórias, se desgasta - Ele nada guarda já que tem o infinito para matar.
O ESCRITOR
Posso ser homem
E até ser mulher
Ideias me consomem
Sou coisa qualquer
Posso ser astronauta
Alienígena, talvez
Um mero internauta
Africano, chinês
Posso voltar no tempo
Ou ir direto ao futuro
Até congelar o momento
Posso derramar ódio
Ou transbordar amor
Prazer, sou o escritor
