Frases de Saudade para Lapides

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Quem conheceu a mais exigente das paixões, aquela cuja duração é cada dia abreviada pela idade, pelo tempo, por uma doença mortal, por algumas das fatalidades humanas, compreenderá os tormentos de Eugênia.

Se não estamos diante dos homens, estamos sempre diante de Deus e temos tanta necessidade de nossa própria estima quanto da do mundo.

Que os anjos construam hospitais para as almas sofredoras. Enquanto não o fazem, construirei para elas um palácio de sonhos.

Em qualquer situação, as mulheres têm mais causas de sofrimento que o homem, e padecem mais que ele.

Eu acredito em lágrimas.

À beira do negro poço
debruço-me, nada alcanço
decerto perdi os olhos
que tinha quando criança.

Dentro de mim, bem no fundo/ há reservas colossais de tempo,/ futuro, pós-futuro, pretérito.

Cai no ridículo a semente que se queixa de que a terra através dela se torna salada em vez de cedro, se ela é apenas semente de salada.

Os ombros suportam o mundo, chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor, porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco.

Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.

Sérgio Antunes de Freitas

Nota: Esse pensamento vem sendo repassado como sendo de diversos autores, entre eles Oscar Wilde ou Marcos Lara Resende. No entanto, trata-se de um trecho de “Crônica para os Amigos”, de Sérgio Antunes de Freitas, publicado em 23 de setembro de 2003.

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Combaterei todo aquele que, pretendendo que a minha caridade honre a mediocridade, renegue o Homem e, assim, aprisione o indivíduo numa mediocridade definitiva.
Combaterei pelo Homem. Contra os seus inimigos. Mas também contra mim mesmo.

Um Homem não é mais do que outro, só faz mais do que outro.

A linguagem é labirinto.

O amor tem o poder de nos cegar para detalhes que pertencem a imprecisão.

Procuro alguém não para me encontrar e sim para me perder.

Na vida você tem de escolher entre tédio e sofrimento.

De todas as aberrações sexuais, a castidade é a mais estranha.

A morte é angústia de quem vive, e a solidão é fim de quem ama.

O que importa notar é que todas essas multidões de mortos – por uma causa justa ou injusta – são os figurantes anônimos da tragédia universal e humana.

Machado de Assis
Gazeta de Notícias, 23 fev. 1896.

Mas, onde cessava ali a realidade e começava a aparência? Vinha de tratar com um infeliz ou um hipócrita?

Machado de Assis
Helena (1876).