Frases de Luís de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver. É ferida que dói e não se sente.

Coisas impossíveis, é melhor esquecê-las que desejá-las.

Amor com seus contrários se acrescenta.

Anda sempre tão unido o meu tormento comigo que eu mesmo sou meu perigo.

As cousas árduas e lustrosas se alcançam com trabalho e com fadiga.

Luís de Camões Os Lusíadas (1572).

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

O fraco rei faz fraca a forte gente.

A tristeza no coração é como a traça no pano.

Um baixo amor os fortes enfraquece.

Luís de Camões Os Lusíadas

É fraqueza entre ovelhas ser leão.

Luís de Camões Os Lusíadas

Veja também:

Ah o amor... que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei porquê.

Luís de Camões

Nota: Trecho adaptado de soneto de Luís de Camões.

A verdadeira afeição na longa ausência se prova.

Luís de Camões
CAMÕES, L. Auto dos Anfitriões. Lisboa : Seara Nova : Editorial Comunicação, 1981.

Amar é um cuidar que se ganha em se perder.

Luís de Camões

Nota: Trecho adaptado de soneto de Luís de Camões

Extremos são de amor os que padeço,
Ó humano tesouro, ó doce glória;
E se cuido que acabo então começo.

Assim te trago sempre na memória;
Nem sei se vivo, ou morro, mas conheço,
Que ao fim da batalha é a vitória

Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia o pai, servia a ela,
e a ela só por prémio pretendia.

Prometeis, e não cumpris?
Pois sem cumprir, tudo é nada.
Não sois bem aconselhada;
que quem promete, se mente,
o que perde não o sente.

Nas praias desertas onde mar junta ciscos, para castiçal do inferno, o cão é melhor do que cristo.

A Morte, que da vida o nó desata,
os nós, que dá o Amor, cortar quisera
na Ausência, que é contra ele espada fera,
e com o Tempo, que tudo desbarata.

Eu cantarei de amor tão docemente,
Por uns termos em si tão concertados,
Que dois mil acidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente.

Luís de Camões

Nota: Trecho do poema do livro "Sonetos Para Amar o Amor", de Luís de Camões.

Tu es a cativa que me tens cativo

Amor...
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Luís de Camões

Nota: Trecho de soneto de Luís de Camões.

Pouco sabe da tristeza quem, sem remédio para ela, diz ao triste que se alegre; pois não vê que alheios contentamentos a um coração descontente, não lhe remediando o que sente, lhe dobram o que padece.

(...) Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.

Luís de Camões

Nota: Trecho adaptado de soneto de Luís de Camões.

Verdadeiro valor não dão à gente;
Essas honras vãs, esse ouro puro
melhor é merecê-los sem os ter
que possuí-los sem os merecer.

Luís de Camões
Os Lusíadas (1572).

E sou já do que fui tão diferente
Que, quando por meu nome alguém me chama,
Pasmo, quando conheço
Que ainda comigo mesmo me pareço.

Porque é tamanha bem-aventurança
O dar-vos quanto tenho e quanto posso,
Que, quanto mais vos pago, mais vos devo.

Luís de Camões

Nota: Trecho de soneto de Luís de Camões

Eu sou um velho moço

Muda-se o ser, muda-se a confiança.

Luís de Camões

Nota: Trecho de soneto de Luís de Camões.

Nos perigos grandes, o temor
É maior muitas vezes que o perigo.

Luís de Camões
Os Lusíadas

O tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto de neve fria, e em mim converte em choro um doce canto. E afora este mudar-se a cada dia, outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soia.