Frases de Fernando Pessoa de Perdao

A razão, sem a memória, não teria materiais com que exercer a sua atividade.

Em matérias e opiniões políticas os crimes de um tempo são algumas vezes virtudes em outro.

Fazemos ordinariamente mais festa às pessoas que tememos do que àquelas a quem amamos.

Poucas vezes quem ganha o que não merece, agradece o que ganha.

Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.

Quem é capaz de suportar tudo pode atrever-se a tudo.

A autoridade de poucos é e será sempre a razão e argumento de muitos.

A imaginação exagera, a razão desconta, o juízo regula.

É preciso que um autor receba com igual modéstia os elogios e as críticas que se fazem às suas obras.

Despendo mais energia numa discussão com a minha mulher, do que em cinco conferências de imprensa.

Não é dado ao saber humano conhecer toda a extensão da sua ignorância.

Das mulheres, como das outras coisas, usa; não te fies, porém, nelas.

Nada, absolutamente nada resiste ao trabalho.

A variação quantitativa de tensão da realidade originária dá origem a todas as coisas.

Os acontecimentos políticos humilham e desabonam mais a sabedoria humana que quaisquer outros eventos deste mundo.

A luxúria é como a avareza: quantos mais tesouros tem, mais sôfrega se torna.

A diligência é a mãe da boa sorte.

Pouco dizemos quando o interesse ou a vaidade não nos faz falar.

O nosso orgulho eleva-nos para que nos precipitemos de mais alto.

As pessoas vaidosas não podem ser astutas; elas são incapazes de se calar.