Frases de Escritores Brasileiros

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Eu tenho que ser minha amiga, senão não aguento a solidão.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero. E agora só quereria ter o que eu tivesse sido e não fui.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E achava bom ficar triste. Não desesperada (...). Claro que era neurótica, não há sequer necessidade de dizer.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Bem sei que é assustador sair de si mesmo, mas tudo o que é novo assusta.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Aquela relutância em ceder, mas aquela vontade do grande abraço.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu uso essa palavra porque nunca tive medo de palavras. Tem gente que se assusta com o nome das coisas.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Toda vez que eu faço uma coisa com intenção não sai nada, sou portanto um distraído quase proposital. Eu finjo que não quero, termino por acreditar que não quero e só então a coisa vem.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

No mistério do sem-fim
Publicado em Cecilia Meireles às 14/04/2009 por kavorka
No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;

no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta

⁠...o mal ou o bem , estão é em quem faz; não é no efeito que dão. (Graciliano Ramos. Grande Sertão: veredas, p. 113)

Meu Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana, quintanares.
Quinta-essência de cantares...
Insólitos, singulares...
Cantares? Não! Quintanares!

Manuel Bandeira

Nota: Trecho do poema "Meu Quintana"

Quer livres, quer regulares,
abrem sempre os teus cantares
como flor de quintanares .

Manuel Bandeira

Nota: Trecho do poema "Meu Quintana"

Mude... mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.

Edson Marques

Nota: Trecho do poema pertencente a Edson Marques. A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Clarice Lispector.

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O grande livro que sempre me valeu e que aconselho aos jovens, um dicionário. Ele é o pai, é tio, é avô, é amigo e é um mestre. Ensina, ajuda, corrige, melhora, protege. Dá origem da gramática e o antigo das palavras. A pronúncia correta, a vulgar e a gíria.

Cora Coralina
Vintém de cobre: meias confissões de Aninha. São Paulo: Global Editora, 2012.

Nota: Trecho do poema Voltei.

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⁠Não é o poeta que cria a poesia. E sim, a poesia que condiciona o poeta.

Cora Coralina
Vintém de cobre: meias confissões de Aninha. São Paulo: Global, 2012.

Nota: Trecho do poema O poeta e a poesia.

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Alguém deve rever, escrever e assinar os autos do Passado antes que o Tempo passe tudo a raso.

Cora Coralina

Nota: Trecho "Ao leitor" - epígrafe do livro "Poemas dos becos de Goiás e estórias mais". Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1965.

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Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos,
não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar
para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.

Era um bolo econômico,
como tudo, antigamente.
Pesado, grosso, pastoso.
(Por sinal que muito ruim.)

Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.

Cora Coralina
Vintém de cobre: meias confissões de Aninha. São Paulo: Global Editora, 2012.

Nota: Trecho do poema Aninha e Suas Pedras.

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O Brasil não tem povo, tem público.

Não é só a morte que iguala a gente. O crime, a doença e a loucura também acabam com as diferenças que a gente inventa.