Frases de Escritores

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Sei que nunca terei o que procuro
E que nem sei buscar o que desejo,
Mas busco, insciente, no silêncio escuro
E pasmo do que sei que não almejo.

O meu coração quebrou-se
Como um bocado de vidro
Quis viver e enganou-se...

Mais vale ser criança que querer compreender o mundo

"Ah, não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram!"

Tenho amor a isto, talvez porque não tenha mais nada que amar - ou talvez, também, porque nada valha o amor de uma alma, e, se temos por sentimento que o dar, tanto vale dá-lo ao pequeno aspecto do meu tinteiro como à grande indiferença das estrelas.

O amor é bom, mas é melhor o sono.

Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha.

Somos do tamanho que sonhamos.

Quando é que eu serei da tua cor,
Do teu plácido e azul encanto,
Ó claro dia exterior,
Ó céu mais útil que o meu pranto?

Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor. Como as outras, ridículas...

"Quer pouco: terás tudo. Quer nada: serás livre"

O espelho refleti certo;
só não erra porque não pensa.

O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão…
São as formas sem forma
Que passam sem que a dor
As possa conhecer
Ou as sonhar o amor.
São como se a tristeza
Fosse árvore e, uma a uma,
Caíssem suas folhas
Entre o vestígio e a bruma.

O próprio sonho me castiga. Adquiri nele tal lucidez que vejo como real cada coisa que sonho.

Só de sentir o vento passar, já valeu a pena viver.

Livros são papéis pintados com tinta

Tão abstrata é a idéia do teu ser que me vem de te olhar, que, ao entreter os meus olhos nos teus, perco-os de vista.

Tenho fome da extensão do tempo, e quero ser eu sem condições.

Fernando Pessoa
Livro do desassossego. São Paulo: Principis, 2019.

No passado cometi o maior pecado que um homem pode cometer: não fui feliz.