Frases de Escritores

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⁠Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueço de ti.
É um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi.

Inserida por VictorDias99

⁠Não digas mal de ninguém,
Que é de ti que dizes mal.
Quando dizes mal de alguém
Tudo no mundo é igual.

Inserida por VictorDias99

No café, charme de Lisboa,
o cartão postal retrata,
o meu encontro com a estátua do Fernando, feito em pessoa!

Inserida por Pesilva

⁠Se pecados realmente existem,
eles são pagos em vida,
não em morte.

Em morte
se descansa dos outros,
não de nós mesmos.

Inserida por HudsonHenrique

⁠As decepções do passado
não podem interferir
nas suas escolhas do futuro.

Inserida por HudsonHenrique

⁠DUPLO

Algo que em mim não dói
talvez em meu outro até doa.
Não confunda a pessoa do artista
com o artista da pessoa.

Inserida por Marilea1947

Já escrevi tanto sobre tantos,
que me perco entre meus entretantos.
No entanto,
sou vírgulas ao invés de pontos.

Inserida por HudsonHenrique

⁠"Há uns tempos na vida da gente
Que é bem salutar relembrar
Tempos bons e urgentes
Tão rápidos em se passar."

Inserida por Avanildo

Tenho mais interesse em possuir o mapa do tesouro, do que o tesouro em si.

Inserida por MaxFercondini

⁠Não se iluda com a promessa da recompensa, pois é no caminhar que se conquista o que realmente tem valor!

Inserida por MaxFercondini

⁠Sonhar é um quesito obrigatório para se manter a ilusão da vida.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Sobre o amor, na língua portuguesa sou muito mais o sentimento de Luís de Camões do que o de Fernando Pessoa. O meu "Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer."

Inserida por ricardovbarradas

Mme. Magloire chamava o naturalmente de Vossa Alteza. Um dia, levantou-se da poltrona e foi à biblioteca procurar um livro que estava numa das prateleiras mais altas. Como o Bispo era de baixa estatura, não o alcançou. - Mme. Magloire - disse -, traga-me uma cadeira. Minha Alteza não chega àquela altura.

O que era magreza em sua juventude tornou-se transparência, diafaneidade que deixava entrever um anjo. Era mais que uma virgem, era uma alma. Parecia feita de sombras: o mínimo de corpo para que ali houvesse um sexo; um pouco de matéria envolvendo uma luz; grandes olhos sempre modestos; um pretexto, enfim, para que uma alma permanecesse na terra.

Quanto mais alta a sensibilidade, e mais sutil a capacidade de sentir, tanto mais absurdamente vibra e estremece com as pequenas coisas. É preciso uma prodigiosa inteligência para ter angústia ante um dia escuro. A humanidade, que é pouco sensível, não se angustia com o tempo, porque faz sempre tempo; não sente a chuva senão quando lhe cai em cima.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego

A loucura, longe de ser uma anomalia, é a condição normal humana. Não ter consciência dela, e ela não ser grande, é ser homem normal. Não ter consciência dela e ela ser grande, é ser louco. Ter consciência dela e ela ser pequena é ser desiludido. Ter consciência dela e ela ser grande é ser gênio.
(Aforismos e afins)

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira.
Em que hei de pensar?

"Há um cansaço da inteligência abstrata, e é o mais horroroso dos cansaços. Não pesa como o cansaço do corpo, nem inquieta como o cansaço do conhecimento e da emoção. É um peso da consciência do mundo, um não poder respirar da alma”.

( Bernardo Soares [Semi-heterônimo de Fernando Pessoa]).

Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.

Que nojo de mim fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica
E eu sou um mar de sargaço –

Um mar onde bóiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem

"Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
Uma névoa de sentimentos de tristeza
Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas
Como a primeira janela onde a madrugada bate,
E me envolve com uma recordação duma outra pessoa
Que fosse misteriosamente minha". (Ode marítima)