Frases de Ariano Suassuna

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Não tenho medo (da morte). Só tenho medo de morrer sem terminar um livro que eu esteja escrevendo; e não ter uma morte limpa. Eu quero pelo menos uma morte limpa.

Desde que o avistara, seu sangue e seu coração tinham criado alma nova.

Ariano Suassuna
SUASSUNA, A. A História do Amor de Fernando e Isaura. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 2007
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Não me preocupo muito em ter ou não uma posição como artista. Literatura para mim não é mercado. É a minha festa, é onde eu me realizo. Digo sempre: arte é missão, vocação e festa. Não me venham com essa história de mercado.

A novela não tem nada a ver. Que língua é aquela que eles falam? Você está no meio de nordestinos aqui. Já ouviu um de nós falar daquele jeito? Aquilo não é fala, é miado de gato"

Depois que eu vi num hotel em São Paulo um show de rock pela televisão, nunca mais eu critiquei os cantores medíocres brasileiros. Qualquer porcaria como a Banda Calypso ainda é melhor que qualquer banda de rock.

⁠Eu sou muito contra as pessoas falarem mal dos outros pela frente. Eu acho que é uma falta de educação muito grande. Não é? Falar, falar mal pela frente, constrange quem ouve, constrange quem fala. Não custa nada a gente esperar um pouco as pessoas darem as costas.

⁠Eu precisaria de alguém que me ouvisse. Mas que me ouvisse sentindo cada palavra como um tiro ou uma facada. (...) Cada uma tem seu significado sangrento.

Ariano Suassuna
História d'o rei degolado nas caatingas do sertão: ao sol da onça Caetana. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977.
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Acho Melville, por exemplo, extraordinário. Agora, Madonna e Michael Jackson são muito burros, limitados, medíocres. É ofensivo dizer que representam a cultura americana.

Sou um escritor de poucos livros e poucos leitores. Vivo extraviado em meu tempo por acreditar em valores que a maioria julga ultrapassados. Entre esses, o amor, a honra e a beleza que ilumina caminhos da retidão, da superioridade moral, da elevação, da delicadeza, e não da vulgaridade dos sentimentos.

Ariano Suassuna
SUASSUNA, A. A História do Amor de Fernando e Isaura. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 2007
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Sigo tendo pena de nossos adversários aqui em Pernambuco, porque eles não sabem o que é felicidade, porque felicidade é torcer pelo Sport.

Ave Musa incandescente
do deserto do Sertão!
Forje, no Sol do meu Sangue,
o Trono do meu clarão:
cante as Pedras encantadas
e a Catedral Soterrada,
Castelo deste meu Chão!

Nobres Damas e Senhores
ouçam meu Canto espantoso:
a doida Desaventura
de Sinésio, O Alumioso,
o Cetro e sua centelha
na Bandeira aurivermelha
do meu Sonho perigoso!

Ariano Suassuna
SUASSUNA, A. Romance d'A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006
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⁠Eu não conseguiria conviver com a visão amarga, dura, atormentada e sangrenta do mundo. Então, ou existe Deus, ou a vida não tem sentido nenhum. Bastaria a morte para tirar qualquer sentido da existência. (...) Para mim Deus é uma necessidade. (...) Se eu não acreditasse [em Deus], seria um desesperado.

Ariano Suassuna

Nota: Trechos de entrevista realizada com o jornalista Eric Nepomuceno, em 29 de abril de 2014.