A sustentabilidade insuportável de uma... Ket Antonio

A sustentabilidade insuportável de uma nação insustentável.

Essa da sacolinha foi o fim da picada!
Podem vir os que se dizem gestores ambientais dos ambientes brasileiros quererem explicar na tentativa de justificarem essa tomada. Vai ser uma argumentação infindável, como todas as que não saem do papel quando se trata de investimento Estadual.
Está claro, infelizmente não para a massa ainda, que isso não passou de imposição de uma ação que leva a remuneração aos cofres públicos através dos super, hiper, ultra e mega mercados.
Que sacada hein! A sacolinha nunca teve tanto valor...
Tudo bem... Concordo que isso vai contribuir para o meio ambiente em longo prazo. Mas e quanto ao que irá realmente fazer a diferença... Quando vão transformar em leis? Quando irão pensar em fazer funcionar? Estou aqui me referindo a engenhosos projetos e não nas grandes ideias de recém-formados.
As pessoas reaproveitavam as sacolinhas! Elas eram muito úteis! Tanto que agora teremos que comprar sacos de lixos, aqueles pretos, vendidos em todos os estabelecimentos, nos tamanhos: pequeno, menor ainda, médio, grande e gigante, mas se você precisar um de cada vai ter que comprar um pacote de cada tamanho, com preços que cabem no seu bolso, ou melhor, no seu lixo! Ou então, comprem as sacolas ecologicamente corretas (ai que palavra bonita!) ou as Ecobags (para americanizar um pouco... que luxo!). Ou ainda, por apenas R$ 0,20 a unidade, adquira a sacolinha de amido de milho. Vai ter gente comprando essas sacolinhas pra comer, em vez dos grãos, pelo menos a digestão deve ser tão rápida quanto sua decomposição no meio ambiente. Eles podiam imitar os americanos não só nas palavras como principalmente nas atitudes.
Os “environmental managers”, ou gestores ambientais americanos, são bem mais profundos e eficazes nas estratégias de efeitos ambientais. Por essas e outras são eles cidadãos de uma nação de primeiro mundo. Enquanto nós aqui, neste Brasil “varonil”, vivemos numa desigualdade social escancarada e num desenvolvimento econômico miserável, por conta dos nossos líderes “varões” que visam o crescimento individual através de uma política que não é autossustentável (já que é sustentada pelo povo).
Já pensou se os ovos não tivessem suas embalagens? Como você levaria para sua casa – sem quebrar – uma dúzia deles? Mais fácil criar galinhas em casa. Seguindo essa mesma visão, como compraríamos shampoo? Pasta de dente? Refrigerantes? E tantos outros produtos que necessitam embalagens plásticas ou “incorretamente ecológicas”...
Para as madames que a rede Globo mostrou com louvor indo às compras e usando as suas super Ecobags, ok! Dinheiro cai do céu para elas. Mas e para a classe médio-baixa, como vai ser? Isso a Globo não documentou. Pessoas que madrugam para pagarem seus impostos e muitas vezes fazem milagres ao acrescentar itens alimentícios mais saudáveis em seus carrinhos... A população pobre, a grande maioria dos brasileiros, passa fome! E agora precisam comprar uma sacola ecologicamente correta se não quiserem carregar o alimento de suas crianças debaixo do braço, sob suas cabeças, fazendo malabarismos em nossos “confortáveis” transportes públicos. Isso é ecologicamente correto?

Brasil: “...Dos filhos deste solo és mãe gentil...”. Isso se o brado retumbante fosse, de fato, de um povo heroico.