Sabe o improvável? O quase impossível?... Camila Mascarenhas Souza

Sabe o improvável?

O quase impossível?

O que certamente não dará certo?

Pois, é justamente ele que sempre a domina! A ela, que é sempre forte, sempre firme, que sabe bem o que quer, aonde vai, como e o que vai fazer. Mas ante a ele, ela sempre se perde e sem querer, sempre o quer!

Não se sabe ao certo o motivo, ou até quando, mas desde sempre foi assim...

Só o quase impossível, o de mínima chance, o improvável, o que fatalmente não dará certo é o que a submete. Mas hoje, ela até resiste, na verdade ela tenta escapar, evita, prefere a solidão, mas finda por ceder se ele aparece,ainda que sabendo o, mais que provável, final!

Poderia dizer que é o único momento em que ela é irracional e fraca, e quando a digo isto, ela se ofende, diz que não, mas eu vejo no fundo de seus olhos que ela sabe a verdade, mas não sabe como se livrar desta fraqueza.

Ela segue intrépida, enquanto o ele não aparece, pois se aparecer... Desmorona!

E eu? Eu me rio disto, pois presencio as cenas e vejo o quão ridícula ela pode ser, igualzinha a todos que tem medo de amar, e terminam por amar justamente o que de certo não dará certo! Eu sei, ela sabe, nunca dará certo amar quem já ama alguem!

Ante a tantas possibilidades certas, apenas as incertas, são as que a seduzem!

E eu? Que posso eu fazer? Nada do que diga poderá mudar sua insensatez, na verdade até mesmo eu acredito que não é possível fazer algo! Devo confessar que a admiro, afinal, ela até tenta escapar! E ademais, no fundo, penso que somente aquilo que ela não consegue manipular, e que jamais conseguiria controlar é o que a fascina, pois ela não é dada a facilidades, a vida a fez assim!

Posso estar enganado, e na verdade ela só se fascina pelo improvável e o quase impossível, justamente porque é pouca a possibilidade de ser possível, assim ela nunca estaria submetida verdadeiramente a nada!

Não sei!

Como tudo passa, eu apenas espero que um dia passe, até lá, estarei ao lado dela para que nunca se sinta só e nos momentos de cegueira eu a conduzir!