A pessoa amada em demasia desconfia do... Sérgio Júnior

A pessoa amada em demasia
desconfia do afeto que a cerca.
Não é baixa autoestima, talvez,
mas o eco de um século que ri
do amor que salta abismos:
etnia, idade, credo, costume.


O que outrora era épico
virou piada de feed,
frágil como stories que somem
em vinte e quatro horas.


Melhor assim:
o genuíno se esconde
onde o riso não alcança,
e o descartável
morre de tédio.