"Coluna em Pé" Entre ruínas... Patrick da Silva Freitas...
"Coluna em Pé"
Entre ruínas e ventos, fiquei de pé,
não por força, mas por fé.
Quando todos se calaram, ouvi o Céu dizer:
“Filho, é tua vez, ergue o estandarte e vem vencer.”
O chão tremia, mas minha alma não,
pois quem carrega o fardo tem a unção.
Família é campo, é missão, é altar,
e sobre mim recai o dom de cuidar.
Sou vigia nos muros, intercessor na madrugada,
a voz que clama, lâmpada acesa, espada levantada.
Não sou o mais forte, nem o mais santo,
mas o escolhido entre os que restaram no pranto.
E se o inimigo cercar minha casa, verá,
não há recuo onde Deus mandar ficar.
Porque a promessa não morre, só amadurece,
e quem permanece, prevalece.
Carrego o peso da responsabilidade,
mas também o consolo da fidelidade.
Pois aquele que chama também sustenta,
e no deserto ensina o que o trono apresenta.
Quando o cansaço tenta me parar,
é o Espírito que vem me renovar.
Oro de joelhos, choro e confesso,
mas sigo firme — porque o propósito é o progresso.
Sou coluna, raiz e chão,
não dependo da vista, vivo de visão.
A guerra é grande, mas maior é o Rei,
que me ergueu quando eu pensei que não voltava a ficar de pé.
E se o mundo cair, eu continuo a crer,
pois não há tempestade que me faça deter.
Minha casa é promessa, meu lar é missão,
e Deus é o centro da minha direção.
Fui chamado pra servir, não pra aparecer,
pra lutar em silêncio e ver Deus mover.
Pra ser exemplo quando tudo desaba,
pra manter a fé viva onde o amor se acaba.
E quando o tempo provar minha fé,
serei lembrado como aquele que ficou de pé.
Porque a unção não cansa, a fé não envelhece,
e quem confia no Eterno — permanece.
