⁠O imitador Sobre a ironia da água e... RICARDO SANTOS DE SOUZA

⁠O imitador


Sobre a ironia da água e do fogo, da luz e da escuridão e do caos e o conforto,

o leão parecia rugir auto de cima da colina, pois o sorriso das hienas havia sido consumido pelas sombras do seu caminhar,

aos olhos atentos da grande árvore , a brutalidade e a carnificina deixaram memórias feridas, paredes silenciosas foram ganhando forma,

um urso pardo aparece e tenta gozar da caça abatida, mas o leão volta a rugir alto espantando o amedrontado urso,

a noite é o azar de quem teve muita sorte durante o dia, cansado o leão dorme de barriga cheia nos galhos da árvore,

amanhece, um lobo solitário e voraz é visto abocanhando a caça e logo é surpreendido e expulso pelos rugidos ensurdecedores do leão com olhares da cor do inferno,

o leão desse a árvore pela última vez e degusta freneticamente da sua caça e após uma bela refeição ele bate suas asas e segue seu voo em direção a uma nova e intrigante aventura de sobrevivência na selva, mas antes de partir o corvo imitador de demônios da seu último rugido amedrontador.