Sistema Clandestino William... William Contraponto

Sistema Clandestino
William Contraponto
Nos becos frios, vozes se escondem,
O jogo sujo corre sem avisar,
Na margem, segredos que respondem,
A quem se recusa a se calar.
Sistema clandestino, sem perdão,
Na noite escura, trama a ilusão,
Correndo entre fios, sem razão,
Na luta muda da opressão.
Papel oculto, fala que consome,
O grito preso que ninguém quer ouvir,
No silêncio frio do poder enorme,
Quem ousa pensar pode sucumbir.
Sistema clandestino, sem perdão,
Na noite escura, trama a ilusão,
Correndo entre fios, sem razão,
Na luta muda da opressão.
Mas há uma luz que nasce na esquina,
A força bruta que não vai ceder,
Contra o silêncio e a máscara fina,
Quem tem coragem vai renascer.
Sistema clandestino, sem perdão,
Na noite escura, trama a ilusão,
Correndo entre fios, sem razão,
Na luta muda da opressão.