⁠Deus é relacional Deus não tem... Marcelo Rissma

⁠Deus é relacional Deus não tem forma humana, mas isso não quer dizer que Deus seja amorfo (sem forma). Nas Escrituras percebemos que Deus usa a antropomorfia (... Frase de Marcelo Rissma.

⁠Deus é relacional
Deus não tem forma humana, mas isso não quer dizer que Deus seja amorfo (sem forma). Nas Escrituras percebemos que Deus usa a antropomorfia (O antropomorfismo significa “em forma humana” – do grego antropos, “humano”, e morfe, “forma”) e a antropopatia (O antropopatismo significa “em sentimento humano” – do grego antropos, “humano”, e pathos, “sentimentos”).
O recurso do antropomorfismo e do antropopatismo nas Escrituras são muito importantes para o leitor, pois Deus sendo infinito e os seres humanos finitos, Deus para ser entendido precisa falar numa linguagem humana. Portanto, para que pudéssemos obter algum conhecimento de Deus, Ele falou a nós de uma forma inteligível e tenhamos comunhão (relacionamento) com Ele.
As Escrituras usam partes do corpo humano (antropomorfismo) como a “face” de Deus (Ex 33.20), “olhos” e “pálpebras” (Sl 11.4), “ouvido” (Is 59.1), “narinas” (Is 65.5), “boca” (Dt 8.3), “lábios e língua” (Is 30.7), “dedo” (Ex 8.19) e sentimentos (antropopatismo) como “arrependimento” (Gn 6.6), “aborrecimento” (Pv 6.16), “furor, ira e indignação” (Ez 13.13).
Dito isto, devemos ter cuidado na interpretação da linguagem antropomórfica e antropopática na Bíblia, pois, são aplicações de características físicas e sentimentos humanos a Deus como um recurso didático e uma linguagem analógica para que possamos compreender a revelação divina. Outra coisa importante é compreender que os sentimentos de Deus não são idênticos aos nossos, apenas semelhantes em algum aspecto. Um exemplo disso são os textos bíblicos que falam de Deus como que demonstrando arrependimento (1º Sm 15.10-11,35), mas a Bíblia também diz que Deus não se arrepende (1º Sm 15.29). Então devemos entender que quando os escritores bíblicos falaram de Deus se arrependendo, eles tinham em mente um sentimento essencialmente diferente do sentimento humano de arrependimento, mas que por causa das limitações de nosso conhecimento e linguagem, não havia uma forma mais inteligível de falar.
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.