⁠Entre os 13 bilionários cariocas, 10... Samuel Eduardo Fortes

⁠Entre os 13 bilionários cariocas, 10 enriqueceram como banqueiros. Mas os outros três me chamam a atenção pois enriqueceram astronomicamente durante a pandemia... Frase de Samuel Eduardo Fortes.

⁠Entre os 13 bilionários cariocas, 10 enriqueceram como banqueiros. Mas os outros três me chamam a atenção pois enriqueceram astronomicamente durante a pandemia e, por coincidência, por meio de negócios com saúde privada.
Jorge Moll Filho elevou sua fortuna de 11,2 bilhões para 63,9 bilhões. Ele é dono da Rede D'Or de hospitais e do grupo de laboratório Labs. São incríveis 565% de enriquecimento em um único ano.
Já a dona do plano de saúde Amil, Dulce Pugliese de Godoy Bueno, quase dobrou sua fortuna de 19,7 para 34 bilhões. Além do plano de saúde, ainda lucra com a Rede Ímpar de hospitais e os laboratórios Dasa.
Pedro de Godoy Bueno por sua vez quase triplicou a montanha de dinheiro, de 6,2 para 17 bilhões, lucrando com a UnitedHealthe e com os laboratórios Dasa.
Ao mesmo tempo em que faltavam leitos e milhares morriam na fila por respiradores; enquanto médicos e enfermeiros ficavam sem receber e eram demitidos, a rede federal pública pegava fogo e ficava 80% fechada, esses três membros da ALTA BURGUESIA lucraram 78 bilhões de reais líquidos, explorando saúde privada!
É isso. Ou você recebe de graça do Estado o direito de criar dinheiro e cobrar da população por isso, ou você estrangula o Estado, para precarizar a saúde pública e vender passe vip pra continuar vivo ou morrer.
O SISTEMA DE SAÚDE brasileiro está nas mãos das grandes operadoras de saúde, e a ANS tem o que Elio Gaspari chama de “porta giratória”, pois um dia um indivíduo qualquer é colocado num cargo de diretor de uma operadora e, meses depois, esse mesmo elemento assume a direção da ANS, numa relação promíscua entre o público e o privado.

Creio que, do ponto de vista ético, o sistema de saúde, no Brasil, hoje, é mais nefasto que o PCC e o Comando Vermelho.
Não tenho a menor dúvida de que a rede pública foi desmontada propositalmente.

E "nós", profissionais de saúde, somos , lamentavelmente, usados como cúmplices desse modelo.

A ANS permitiu a desregulamentação da saúde. Permitiu o reajuste por sinistralidade nos planos coletivos, além de permitir a interrupção de venda dos planos individuais. Quais serão os próximos passos do grande capital e de seus serviçais em sua sanha por açambarcar fortunas inimagináveis por meio de sua máquina de moer carne humana?