Veloso O poeta vê sem o véu para ver o... jbcampos

Veloso



O poeta vê sem o véu para ver o azul do céu.

Vê-lo a velar pela chama duma poética vela

bela, é vê-lo veloso a velar através do céu de

santa boca, em versos simétricos a versejar e

jamais por versos ocos, tampouco, por qualquer

motivo barroco, e sim, pelo amor bondoso. Zeloso

zela pelo verso eclético ao som poético e valoroso,

mesmo que fique um louco embevecido e rouco.

Lanoso, piloso, veloso com véu, sempre no seu céu

a versejar pra dedéu incorporado ao desalento léu.

Na pureza da simplicidade suas mensagens atin

gem o ápice da verdade em poéticas imagens.

Muitas vezes no caminho da poesia se herético

irmão a cometer maior heresia no ato de mo

rer sem ser a hora, porém, agora no seu

doído padecer está a perder a vida

pelo carcomido sentido, então

chega a mensagem poéti

ca a lhe renovar o elo

do motivo de viver

sem esmaecer.

Não encurte.

Curta a sua

vida curta

sem es

more

cer.



Assim, ressurge da heresia à fênix da cinza.

Renasce com viva alegria de reviver, apesar

de duro padecer, avaliando a efêmera vida.

Ao deixar a curta vida até o dia de partida.




O poeta nasce para poetar, assim vai na vida a

velejar num barco de vela embaraçada de poemas

dia e noite, diadema a pendoar sobre qualquer mar, às

vezes veleja sobre doces nuvens brancas com sua anca

sobre a brisa a qual lhe avisa que a tempestade está para

chegar sobre sua calmaria, mas que não deveria se de

sesperar, e esperar pelo amor poético que viria para

acalmar com sua bondade qualquer tempestade

pela força delicada da poesia, em sua honrosa

potestade qual viria para lhe abençoar com

verdadeira alegria ao poetizar poemas

ou se diria poesias a sobejar contos

de fadas na sua futura fantasia,

à corsário empunhando sua es

pada, nem que seja para cor

tar a saborosa azeitona de

sua empada, quiçá, cor

tar estradas ao marulhar

do mar onde ondas cruzam

encruzilhadas, o poeta en

contraria o seu lugar,

porém, sempre ve

loso, velando o

seu velejar

glorioso

sob o

feitio

de

poesia.



jbcampos