Enfrentando dificuldades. Dificuldades,... Marli D.H.F.

Enfrentando dificuldades.
Dificuldades, sejam elas quais forem, acabam nos trazendo lições. Sempre as enfrentei de peito aberto, buscando em cada espinho o broto de uma rosa. Isso me ajudou a caminhar entre pedras e buracos e muitas vezes, me vi diante de abismos intransponíveis aos meus olhos: entenda bem, aos meus olhos apenas, pois na hora em que me via caindo, uma Mão sempre me segurava, e não é diferente hoje. Mas a minha visão mudou durante a caminhada, já não vejo os tropeços como castigos, nem as perdas como punição por algo que fiz ou deixei de fazer, sou consciente de que somos perfeitamente capazes de ver que toda a moeda tem dois lados, sendo assim, bom e ruim não existem separadamente, um não existe sem o outro e isso, apenas para que vejamos que tudo é absolutamente relativo, basta que aprofundemos o olhar. Quando nos atentamos, veremos que o bom surgiu do ruim e o ruim surgiu do bom, parece antagônico? Mas acredite, não é! E estas são as maiores lições que qualquer ser humano pode aprender nesta caminhada. Aprendi e passarei a outros planos; pois para mim a morte não existe; e continuarei aprendendo, pois este é mais um dos segredos da vida, ninguém é detentor da verdade absoluta, uma vez que bem e mau são relativos. Existem parâmetros que nos guiam, sejam eles sociais ou religiosos, mas a verdade absoluta, cada um cria a sua, segundo seu caráter e modo de ver a vida, isso me faz pensar que cada qual tem a sua própria verdade... Isso causa desconforto entre as pessoas, não que o outro esteja errado, mas também não está absolutamente certo é aí que entra o discernimento... Esta palavra deveria rondar as nossas mentes a cada segundo do dia! Do discernimento vem a sabedoria, aquela que cala e compreende sem oferecer resistência. mesmo que eu não veja o mundo como você, não significa que o meu seja certo e o seu errado, são apenas formas divergentes de ver as coisas. Isso não nos torna inimigos, pelo contrário! Será que a sua verdade poderia permear com sutilidade a minha, até que encontremos algo em comum, que vai nos levar na mesma direção? Talvez sim, talvez não. Mas independente de qualquer coisa, respeitar o outro, mesmo que não o entenda, é fundamental. Não para o outro, mas para que entenda a si mesmo.
Não sei bem ao certo o porque de eu ter resolvido escrever sobre isto, acho que me foi soprado...
Marli D.H.F.