DESENCONTRO Que sorte forasteira é esta... Luciano Spagnol - poeta do...

DESENCONTRO Que sorte forasteira é esta Que caminha sem sentido Riscando rumo partido E pouca ventura empresta? Finge ser o destino, direção Sussurrando ser boa... Frase de Luciano Spagnol - poeta do cerrado.

DESENCONTRO

Que sorte forasteira é esta
Que caminha sem sentido
Riscando rumo partido
E pouca ventura empresta?
Finge ser o destino, direção
Sussurrando ser boa nova
Se mais parece uma cova
Exílio arquitetado pro coração.

São desencontrados gestos
A nos jogar feridos ao chão,
Criando silêncio na emoção,
Com tais sonhos indigestos,
Que viram amarras pra ilusão,
Solidão nos desejos incertos,
E nos fazem boquiabertos...
Sem ter o amor, ah isto não!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano