De onde vens, graça que me perdoa desta... Adélia Prado

De onde vens, graça que me perdoa
desta tristeza,
desta nódoa na roupa,
da seiva má no sangue,
da pele rachada em bolhas.
De onde vens, certeza
de que um pouco mais de açúcar
não fará mal a ninguém.
Adélia Prado
Poesia reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.
Nota: Trecho do poema Da mesma fonte.