NOTURNO (soneto) O silêncio sobrou-me... Poeta mineiro do cerrado -...

NOTURNO (soneto) O silêncio sobrou-me como alento E o vento ressoa a última vindima De ilusão... Desagregada da estima No tempo noturno bem mais lento O sino da... Frase de Poeta mineiro do cerrado - LUCIANO SPAGNOL.

NOTURNO (soneto)

O silêncio sobrou-me como alento
E o vento ressoa a última vindima
De ilusão... Desagregada da estima
No tempo noturno bem mais lento

O sino da matriz soa em pantomima
Chamando a esperança do relento
Para que se funda ao sentimento
E derrame em fé e não só lágrima

O sono evoca vinho como fomento
A solidão adentra na noite a cima
O relógio no pensamento, tormento

Me busco, e não encontro a rima
Me olho, o passado vira lamento
E o aninar na vigia não aproxima

Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Último dia do mês