Ela era indiferente, independente,... raileza

Ela era indiferente, independente, grossa e bastante intolerante. Ao mesmo tempo tão sensível. Era sozinha em meio a tanta gente. A maioria dos que convivem, não a conhecem, pudera, ela não se conhece. É intransigente. Não muito, adepta a regras, porém, aceita fingir seguir algumas, para melhores convivências. Gosta de café, porém não tem algum sequer em sua casa. Em anos nunca usou um pacote se açúcar, talvez a falta de doce, transformou sua vida tão amarga. Tornou-se forte com o tempo, em dias de sol até gosta de sorrir e ir à praia. Quando a noite chega, o tempo fecha, em seu mundo chove, e os trovões, não mais a assustam, porém ainda tem medo do escuro.
Então, João. Ela seguiu, afiada nas palavras, grosseiras nas atitudes e carinhosa, quando lembrava-se que um dia foi bem feliz. Continua a trabalhar, a fumar o cigarro mentolado e a tentar perdoar, todos os erros daqueles que ela ama, e os próprios. A vida segue. Não trilhou caminho algum, segue o caminho que acha que foi trilhado pra ela, às vezes foge da rota, rasga o mata, e corre pra floresta, mas logo volta ao inferno da cidade, suporta a fumaça dos carros, o barulho do comércio e passa dia após dia, pelo seu maior desafio: As pessoas!