Se o universo ecoasse, um som quando ela... Raileza

Se o universo ecoasse, um som quando ela surge, creio que ouviríamos Jorge Ben, cantarolando Ive Brussel e toda a sensualidade da canção. Esse jogo de ora sedutora, ora punk levada da breca, confunde minhas mais firmes certezas, com exceção da minha imensurável vontade de embaraçar-me em seus cabelos. E aqueles olhos, que confundiriam até Paulo Ricardo, fazendo-o duvidar de qual número seria imposto a esse tal olhar de canto, acompanhado de um sorriso que equilibra e perturba deixando-me sem saber se ela quer me devorar ou só é uma simpatia distribuída a todos. É como se ela vivesse em um jogo, colecionando encantos, absorvendo fôlegos e destroçando corações. Não tem a mínima necessidade de concluir algumas conquistas. Não leva desaforo, nem mágoas pra casa, leva desejos e quem os desperta. Tem marra, valentia, é composta de liberdade, diversidade e loucura, mas em algum lugar perdido no seu universo interior, vasto e inexplicável, tem um recanto, onde ela chora e crer que há esperança e amor nesses dias emaranhados e loucos que ela vive.