CARTA AOS AMORES QUE IREI TER Jacarei 20... André Zanarella

CARTA AOS AMORES QUE IREI TER

Jacarei 20 de setembro de 2012.

Vejo o espelho de água e vejo o futuro. Vejo os amores que nunca terei. Vejo o vento a soprar em meus cabelos. Vejo os amores que eu tive e a marca que eu deixei em cada coração que um dia eu tive, ou melhor, um dia possuiu o meu coração.
Entra pedra bruta em minha vida sai pedra lapidada. Eu sempre coloquei todas em um pedestal chamei de princesa a plebeia, mas os anos pesam nas minhas costas e no espelho do futuro vejo os amores que ainda vou ter, vejo o percurso de tempo que eu terei que caminhar ao lado de cada amor que terei.
Eu terei ainda que aprender a respeitar o caminhar da pessoa amada, pois cada qual nessa vida vem com o seu ritmo e por um momento temos o mesmo ritmo na caminhada chamada vida. Quando estabelecemos o mesmo ritmo nesta estrada que se chama vida, caminhamos lado a lado, às vezes numa troca de olhar, uma batida mais forte de coração a vontade de sorrir para a pessoa ao seu lado é maior que tudo. O sorriso persiste e insiste nesse momento que pode ser uma fração de segundo ou décadas então, nossos corações será um e o amor se faz divino na Terra.
Talvez eu nunca ache um ser com o mesmo passo que o meu por uma eternidade, mas enquanto ao lado de minha amada eu andar estarei tentando transforma-la no centro do meu universo, pois durante este período de caminhada Deus se fará mais presente em meu ser. Eu amarei a pessoa ao meu lado e a cada sorriso que ela dar minha aura explodira em cores e vou querer compartilhar o amor com todos que por eu apenas triscar.
O amor divino é o segundo que se fez imortal ou a imortalidade que fez num segundo? Não importa o nome ou a definição, nos primatas ditos racionais, temos a mania de tudo nomear e de tudo definir, mesmo quando o importante é apenas sentir. No caso do amor é sentir que cada átomo meu perdeu-se numa explosão de felicidade por encontrar a mesma vibração em outro ser.
Minha futura amada, caminharemos para o sol, caminharemos para o universo. Às vezes se sua e a minha caminhada for eterna partiremos para outras lutas com encontros marcados, estaremos com outras faces, outros corpos, mas meus átomos reconhecerão os seus átomos, então sorrirei para você. Seu nome não importara, assim como o meu nome não importara e todas as definições cairão por Terra, pois o importante será apenas o amar.
Um dia eu te encontrarei.

André Zanarella
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/4466860