"Tudo bem, pode ir! Eu não vou... Raileza

"Tudo bem, pode ir! Eu não vou pedir pra ficar, nem vou pedir que me abrace forte, como quando você me via depois de um dia longo de trabalho. Não vou pedir aquele carinho gostoso. Também não sentirei falta do amor pela manhã, nem de dormir entrelaçada em seus braços. Não se preocupa, pode ir. Eu vou ficar bem, sem seus telefonemas em que você me contava inúmeras histórias e me tirava risos e mais risos. Em falar nisso, eu vou me acostumar sem aquele ataque de risos que só você me provocava e eu parecia uma louca me debatendo. Também não vou me importar em não ir pra cozinha a noite preparar um café forte pra você. Deixa tudo assim, vou ficar legal, mesmo sabendo que vou ouvir nossa música e não poderei te ligar pra falar sobre o quanto acho ela parecida com você. E os inúmeros cafunes? Eu vou tentar fazer outra coisa quando sentir vontade de faze-los. Não fica não, pra você me pôr pra dormir. Nem fica pra ensinar sobre o que eu nunca vou entender, nem pra me dizer que tudo sempre fica bem, que tudo depende de como eu vejo as coisas. Se quiser pode ir. Mas se quiser voltar, também volte. Talvez eu precise ainda sentir o teu cheiro bom e acordar com tua barba passeando pelo meu corpo. Só não demora, não quero perder-te em meio a tantos outros que vou conhecer. Prometo que tento não chama-los pelo teu nome. E quando você voltar, me pega daquele jeito, goza em cima de mim, me abraça apertado, me olha nos olhos e me chama de linda, fala do meu sorriso. E depois pode ir novamente, mas deixa a porta aberta, tenho medo de ficar presa dentro de casa.